Quando falamos em evolução do ser humano é muito comum pensarmos sobre aspectos intelectuais, culturais, etc., mas, não é só disso que trata a evolução do espírito humano.
Em algum momento das nossas vidas, uns desde cedo outros por força de leis, seja como for, é fato nos defrontaremos com o princípio da dignidade da pessoa humana: conceito filosófico e abstrato que determina o valor inerente da moralidade, espiritualidade e honra de todo o ser humano sem preconceitos.
Porque é relevante revisitar esse princípio? —, trata-se do bem proceder como ser humano, porque, na prática do dia-a-dia, é incomum constatarmos o modo de agir com o outro indistintamente, tendo como motivação apenas pelo princípio de humanidade.
Se isso lhes parecer utópico, cuidado, porque perto estará das fileiras dos indivíduos medianos os quais a evolução espirito humano esteja estagnada.
Pensar em questões de humanidade não é novo entre os povos da terra. Vamos recuar brevemente pela história para constatar o que diziam os antigos para refletirmos.
Na filosofia do século VI a.C., (o nascimento e uma nova maneira de pensar do indivíduo: como ser dotado de razão e capaz de buscar por si as respostas, superando a visão mitológica vigente à época). Foi a partir de Sócrates, século V a.C. pelos escritos dos discípulos seus discípulos, por exemplo, por Aristóteles encontramos um pensamento humanitário, “a finalidade do homem é fazer o bem”, também, são reflexões atribuídas a Sócrates as que dizem “penso que não ter necessidade é coisa divina e ter as menores necessidades possíveis são as que mais se aproxima do divino”.
Depois, pelos escritos bíblicos: antigo e novo testamento, judaica século VI, a.C. e cristão séculos I e II a.D., respetivamente. Essas obras, foram o trabalho de centenas de autores, mas, é consenso entre os historiadores de que os escribas do livro sagrado foram os sábios do seu tempo, e nos legaram todo um conjunto de regras morais que elevaram os valores morais ao reafirmar os conhecimentos filosóficos do seu tempo, que e até hoje influenciam, sobretudo, no lado ocidental da terra a vida de bilhões de indivíduos.
Então! A ideia das coisas divinas, está diretamente ligada a algo que denota a elevada moral da providência à inteligência suprema do universo
Trata-se de algo que está impresso na alma humana, que observamos pelos atos de grandeza e excelência nas atitudes altruístas designadas de seres de eleva moral, os ditos Deuses.
Verifica-se, também, que dentre as virtudes apreciadas pelo divino se destacam as qualidades morais do indivíduo. São essas, as que distinguem uma pessoa comum daquela considerada eleita —, a que vive e age segundo o “coração de Deus”.
O que nos leva a aferir, que o apreço de Deus para com os humanos, segundo os textos sagrados, é pautado numa prática de conduta ética e de elevada moral.
Ao terminamos a nossa breve viagem ao passado, visitaremos mais um texto, os ensinamentos Cabalísticos (I, a.C.) —, escrito no Livro Zorah (O Explendor): “… é o desejo de dar, é preferível ao desejo de receber” — tal como é, “o amar o próximo como a si mesmo” da referida Bíblia Sagrada.
Fato é, que no agir com elevada moral invariavelmente exige um comportamento anti-egoico, isto é, ter em primeiro plano o bem-estar do outro como se fosse um desejo. Certamente isso, é contrário ao princípio do desejo puro, isto é, simplesmente do nosso ego.
Então, se outro é como a nós mesmos —, o porquê praticamos o mal contra nosso semelhante?
Se o humano é essencialmente guiado por desejos (egoicos) podemos verificar que o ponto central aqui contradiz o ideal divino para nós. Ou que talvez, a nossa espécie, tenha uma existência predestinada desconhecida para consecução de um propósito de unidade, onde todos somos um.
Não é sem razão que no século XX, no pós-segunda grande guerra, se popularizou um instituto jurídico internacional que abarca um conjunto de garantias positivas inerentes a todos os humanos: “o respeito à dignidade da pessoa humana”.
Porquanto, o desejável para uma existência digna, é que a vida do outro importa tanto quanto a nossa própria. E, isso, vai muito além de uma mera moralidade religiosa. Trata-se, viver de maneira altruísta: de pensar e agir com o outro como ser humano.
Das grandes lições que aprendemos nesse breve giro pela história antiga, seja na filosofia, teologia ou nos costumes, ao que tudo sugere a humanidade está toda conectada, ou seja, como se fosse um só corpo, um só ser.
Portanto, trata-se, afinal, de um agir (do espírito) humano: com ética e moral elevada. Tal como fez o carpinteiro de Nazaré, Rabino Yeshua (Jesus latinizado) há mais de vinte séculos, que mesmo sendo ele um espírito elevado viveu a níveis humanos e nos legou uma das maiores lições na vida: ensinou que tudo é possível para o ser humano, bastando ter fé no bem agir em comum, pois é esse o princípio maior das faculdades humanas.
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