Acredito que ninguém saberia dizer ao certo quando aprendemos a mentir, mas é fato que a mentira faz parte do comportamento humano há milhares de anos. Sabemos disso pelas narrativas dos livros sagrados de todas as religiões e por registros nas diversas artes: literatura, teatro, etc., em todas as culturas espalhadas pelo mundo.
Quanto aos motivos pelos quais mentimos isso já foi amplamente estudado, seja pela psicologia, neurociência em outros ramos do conhecimento e, ao que parece engendramos argumentos mentirosos em situações corriqueiros com fins de evitarmos situações embaraçosas, para obter vantagens, etc.
Mas, quando mentir vira um hábito, isso nos torna um mentiroso e, sabemos que ninguém gosta de se relacionar com pessoas que mentem. Eis o (xis) da questão: se somos seres essencialmente sociais, e como tais, temos sempre que nos relacionar com outras pessoas.
Entretanto, o mais grave em mentir, é que isso afeta sobremaneira as nossas vidas, ainda mais, quando mentimos para nós mesmos, ou seja, quando criamos personas irreais e acabamos por acreditar nas próprias mentiras.
Por fim, sendo a felicidade algo que provem do nosso íntimo, da nossa capacidade de contemplação da vida, da nossa essência como ser, é razoável deduzir que a mentira é incompatível com momentos felizes pelo simples fato de que mentir é criar uma ilusão, uma fantasia, é isso, como também sabemos, só tem utilidade como entretenimento.