IGUALDADE É UM IDEAL DE SOCIEDADE, MAS PODE ADOECER PRÓPRIA A ALMA HUMANA

Foi na idade média que aconteceu o alvorecer do amor romântico, com ele, veio surgiu a cultura da felicidade para todos. No campo da organização social, essa ideia de bem comum, ao que tudo indica, evoluiu para mudanças políticas e influenciou muitas nações, culminando em confrontos de classes sociais, gerando a utopia social de que “todos são iguais”.

Sem dúvida esse fato social foi relevante, e certamente representou uma evolução nas organizações dos estados, por exemplo, impulsionou as revoluções de liberais sob lema da liberdade, igualdade e fraternidade que culminou com as revoluções americana e a francesa no século XVIII.

Entretanto, o preço desses ideais nobres e inovadores da história moderna afetou sobremaneira os indivíduos por gerações. Esses, tem como legado conviver com uma difícil realidade nas relações com o outro, pois, sendo todos iguais, ainda assim, teriam que conviver com o ímpeto da própria subjetividade. É certo, que o tema da igualdade orbita o mundo filosófico, o mundo das ideias, e em sentido stricto, é só mais uma bela abstração.

Resumindo, o sonho da igualdade que se fixou no imaginário popular como uma ideia transformadora: todos os indivíduos da sociedade se tornaram, de instante a outro, sujeitos de direitos isonômicos e com isso nasceu os princípios dos direitos sociais. Na visão do indivíduo comum, tal artifício de que “todos tem o direito de viver a felicidade…” é uma grande utopia.

Passado mais de três séculos dessas revoluções que criaram o governo do povo pelo povo, a meta da igualdade nunca foi atingida. Isto é, a liberdade, igualdade e fraternidade na pós-modernidade ainda não existe. Talvez, isso explique o porquê de sermos acometidos das mais diversas psicopatologias, tais como é a ansiedade e a depressão.

Geração após geração, vemos através das artes igualdade e liberdade sendo cantadas em versos e prosas. E, indivíduos medianos perseguem esses belos ideais aceitando as narrativas de que para termos a igualdade devemos amar o outro. Fato que isso se converteu em crenças dominante e permanente aqui no mundo ocidental.

Então, o indivíduo sujeito deve se abster de conquistar o domínio de si, porque antes deve se submeter em prol da igualdade coletiva. Fato esse, que por si só adoece a própria alma, visto que reprime a própria individualidade, ou seja, aquilo que o torna único.

Não há segredo algum, está no imaginário popular, no inconsciente coletivo, dito por C.G.Jung. Por certo, isso desaguará num mar de frustrações, fazendo paulatinamente vítimas de uma psique inconsciente e coletivamente doente.

Igualdade pode até ser um tema inspirador, bom para agregar indivíduos e manter a ordem em grupos sociais, mas, não faz o mesmo bem para indivíduos fortes de espíritos livres, porque a esses, cabe os custos para consecução da isonomia. Por afinal, a igualdade não é natural, nem mesmo para as espécies das mais insignificantes criaturas.

Assim, se os seres humanos deixam o caminho da individuação, o caminho natural, para seguirem regras sociais que lhes impõem o cerceamento da individualidade em nome da sociedade do coletivo. Esses árbitros dessa coletividade lhes imporão injustiças de toda sorte na tentativa de obter a dita igualdade. Ademais, pessoas comuns, pensam na igualdade como sendo dogmas, quando, na verdade, essas crenças da igualdade são fontes de muitas frustrações, que culminam no grande stress da dita pós-modernidade.

Sigmund Freud no final do século XIX, que em muitos aspectos se inspirou na teoria de Darwin, principalmente, ao se afastar da teologia para explicar a evolução humana. Fato é que a teoria freudiana foi revolucionaria, porque quebrou tabus do indivíduo e da coletividade, causando desentranhamento do tecido social, pelo menos, é que se vê no mundo ocidental.

O novo paradigma desvelado por Freud, em sua teoria do inconsciente, diz: que o indivíduo é antes de tudo sujeito de desejo desde tenra idade, e que o desenvolvimento da sua personalidade é forjada pela experiência nessa fases inicial e que vão além das meras escolha da razão.  Então, se seus desejos forem socialmente repreensíveis, esses também o serão insuportáveis pelo EGO, findando por reprimi-los ao nível inconsciente e dando origens as psicopatologias.

Por fim, moldando a personalidade do indivíduo segundo a teoria psicossexual freudiana, ela é ímpar e tem influências próprias da sexualidade. Contextualizado, a ideia de igualdade que se tornou princípios no mundo ocidental é incompatível com o desenvolvimento humano. Isto porque, se o desejo do indivíduo é reprimido em prol do outro ou da sociedade, se vê tolhido na sua individualidade, resultando em adoecimento da própria alma.

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INTUIÇÃO, A MELHOR MENSAGEIRA DO UNIVERSO

Você é único! Isso diz do ser: um espírito imortal. Mas, por que é tão difícil compreender o que isso significa? Ou como e porque isso importa para a nossa vida?

Quem nunca se questionou pelo menos uma vez das verdades que nos foi ensinado acreditar? — “não devo nem pensar nisso, que absurdo!” disse o sujeito sem individuação, que necessita da aprovação.

Talvez todos tenhamos momentos de desalento e de dúvidas frente ao inexorável processo chamado vida, é nesses instantes nos quais os questionamentos ocorrem, por vezes, até pensamos ser “coisa da nossa cabeça” e não tendo nenhuma conexão com a realidade, porém é um equívoco.

Quando as nossas crenças contra atacam e tentam nos desviar o olhar de dentro de nós, e nossa consciência racional diz: deixe isso para lá… “Isso deve ser só coisa da sua cabeça, — imagine se fosse VERDADE?” Mas, sempre haverá um novo belo dia de sol, aquela madrugada solitária ou um entardecer deslumbrante em que se decide dar crédito a própria intuição.

O que você acha que poderia acontecer com a sua visão de mundo diante disso? — bem, o que vou lhes dizer é resultado de experiência própria. 

Se você der atenção pelo menos para uma das suas intuições, a sua vida nunca mais será a mesma. Tudo ocorre tão instantaneamente afetando o sua visão de mundo, não precisa muita ou nenhuma ação, basta que você escolha e se perceberá diferente no instante seguinte.

Qual a importância disso para a própria realidade? — vou lhes dizer qual e simultaneamente o porquê vale a pena ouvir a si mesmo.

Vale destacar que há exceções: muitos sujeitos sequer conseguem agir como indivíduos, porque se encontram robotizado pelo meio social e pelas crenças que lhes incutiram até os ossos.  Mas, se você estiver aberto e quiser colocar alguns “SEs” antes de afirmar suas convicções, crenças e verdades.

Em primeiro lugar, é fundamental se ouvir, porque tudo ocorre como um diálogo entre o seu coração com à sua alma. Asseguro que quem mergulha para dentro (acorda), e se encarar seus medos e olhar, mesmo que por instantes, para dentro do abismo que existe dentro de si, vai se surpreender.

Depois, só uma advertência: você terá sensação de desapego como se se desligasse da realidade circundante e mergulhasse num mundo novo. Mundo, onde as coisas que até então você via como defeito de caráter, falhas abomináveis nos outros, se percebe agora como parte de sua personalidade.

Porquanto, não é a realidade do mundo que mudou, é apenas a sua visão de como você se via ser colocado em dúvida.  É desafiador e perturbador olhar para aquilo que antes lhe parecia errado, feio e até indecente, mas você percebe ser parte do que você é.

Por fim, a intuição é a mensageira da verdade do ser enquanto espirito imortal que somos. Se estivermos atentos e aptos a crescer, por certo damos ouvidos as vozes que ressoam desde o inconsciente, mas que estão em sintonia com nosso coração, por vezes, devamos ir até contra a racionalidade consciente.

Por que você é único?

Toda a alma humana é única. No contexto da psicanálise, é designada como psique (mente consciente e inconsciência), coloquialmente dizemos: “a consciência do sujeito que varia de indivíduo para indivíduo”. Porquanto, não importa o paradigma utilizado para aferir as semelhanças: indivíduos de uma mesma família com o mesmo nível intelectual e social, são diferentes.

Então, tais características distintas são profundas e afloram ao longo da existência (vida) nas relações com o outro. É fato, que se evidencia no modo de agir e/ou pelo comportamento entres os sujeitos.

Tem um ditado “os dedos das mãos não são iguais.”. Tais, como são os dedos das mãos são também entre próprios irmãos.  Não há pessoas iguais às outras e como dizia minha filha Rebeca aos 5 aninhos “cada pessoa é uma pessoa”.

Quantas vezes ouvimos ao longo da vida seguinte assertiva: “meu filho é tão diferente de mim” ou “eu e meu irmão(a) não temos nada em comum”. Esse fato que nos leva a refletir: porque isso ocorre? — quer dizer, por que existem tantas diferenças de personalidade dos sujeitos das nossas relações?

Vamos refletir — fui desperto as 4:20h pelo meu pequeno Jr. (de 15 meses), aliás —, como é de praxe nestas semanas (fase do nascimento dos dentes) — nem sei ao certo se foi a quinta ou sexta vez durante a noite, mas recordei dos outros seis filhos meus que foram tão diferentes! — Porque somos tão diferentes? – despertei, e cá reflito.

Como aprendiz de cozinheiro, estudante de psicanálise e do espiritismo, quero propor a seguinte analogia: o ser — sendo composto de parte biológica e parte mental é uma cebola.

Segundo estudos sobre o desenvolvimento da psique de indivíduo dando conta de que são as influências das experiências da mãe no período gestacional, findam por se integrar sua própria psique e a do feto também, isto é, a mente da genitora influência a própria (alma) e a do bebê.

Fazendo uma analogia da cebola, se houvesse uma doença ou defeito de crescimento entre as camadas seria uma marca visível para toda a cebola. Tal como ocorre na construção do aparelho psíquico do indivíduo: um trauma.

Assim, como nas cebolas os defeitos entre as camadas são os registros traumáticos que afetam o desenvolvimento saudável do ser dali adiante.

Pensando na formação do ser: (indivíduo/sujeito), como uma cebola (em camadas) — as camadas mais profundas são como as experiências das vidas passadas, — poderíamos investigar em análises (no divã) ou como segundo os espiritas, se tratam das consequências de vivências de outras encarnações, seja como for, sabemos:

Pela psicologia analítica de C.G. Jung: “que há o inconsciente coletivo” — o qual observamos nas figuras arquetípicas: modelos de comportamentos; o que escreveu o mineiro espírita Chico Xavier relatando o espírito Joanna de Angelis: “a existência de um inconsciente profundo”, por fim, e não menos importante, o pai da psicanálise Freud, disse das “sombras no inconsciente e os recalques” — experiências que o ego reluta em integrar a mente consciente, mas que influenciam na vida do indivíduo.

Nesta singela analogia: o nosso interior se assemelha a uma cebola — divido em camadas. Poderíamos sugerir que as experiências cotidianas tanto biológicas como mentais, ambas são gravadas numa das camadas da nossa cebola.

Então, quando olharmos para cebola com sua casca fina de coloração pálida, por vezes seca, se assemelha a persona: máscara social — utilizada nas nossas relações com o outro. Assim, se pensarmos nesse sentido, a parte interior (o meio da cebola) é onde contem a essência do pé de cebola, a nossa alma imortal.

Sendo, portanto, o núcleo da cebola o resultado das nossas vivências, o nosso self: o centro do que somos. Essa parte de nós que carrega a essência do ser que somos, ou seja, os resultados das nossas experiências.

Você é único, porque tem a centelha que reage a cada experiência: seja interior ou exterior de maneira peculiar. Sua subjetividade é no fundo o próprio livre arbítrio. Acredite você ou não, o desenvolvimento da psique sofre as consequências das experiências mentais da nossa própria genitora.

Por fim, o presente será parte do inconsciente profundo numa próxima vida e as barreiras da subjetividade existente podem ser removidas a depender da evolução moral do ser. Por cento, que as diferenças entre nossas almas só desaparecerão ao atingirmos elevada moral. É o que os antigos designaram como seres crísticos. Da realização plena do indivíduo que nasce o ser integral, isto é, a formação, o nosso self: resultado do conjunto de todas nossas experiências.

SER HUMANO: QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA

Quando falamos em evolução do ser humano é muito comum pensarmos sobre aspectos intelectuais, culturais, etc., mas, não é só disso que trata a evolução do espírito humano.

Em algum momento das nossas vidas, uns desde cedo outros por força de leis, seja como for, é fato nos defrontaremos com o princípio da dignidade da pessoa humana: conceito filosófico e abstrato que determina o valor inerente da moralidade, espiritualidade e honra de todo o ser humano sem preconceitos.

Porque é relevante revisitar esse princípio? —, trata-se do bem proceder como ser humano, porque, na prática do dia-a-dia, é incomum constatarmos o modo de agir com o outro indistintamente, tendo como motivação apenas pelo princípio de humanidade.

Se isso lhes parecer utópico, cuidado, porque perto estará das fileiras dos indivíduos medianos os quais a evolução espirito humano esteja estagnada.

Pensar em questões de humanidade não é novo entre os povos da terra. Vamos recuar brevemente pela história para constatar o que diziam os antigos para refletirmos.

Na filosofia do século VI a.C., (o nascimento e uma nova maneira de pensar do indivíduo: como ser dotado de razão e capaz de buscar por si as respostas, superando a visão mitológica vigente à época). Foi a partir de Sócrates, século V a.C. pelos escritos dos discípulos seus discípulos, por exemplo, por Aristóteles encontramos um pensamento humanitário, “a finalidade do homem é fazer o bem”, também, são reflexões atribuídas a Sócrates as que dizem “penso que não ter necessidade é coisa divina e ter as menores necessidades possíveis são as que mais se aproxima do divino”.

Depois, pelos escritos bíblicos: antigo e novo testamento, judaica século VI, a.C. e cristão séculos I e II a.D., respetivamente. Essas obras, foram o trabalho de centenas de autores, mas, é consenso entre os historiadores de que os escribas do livro sagrado foram os sábios do seu tempo, e nos legaram todo um conjunto de regras morais que elevaram os valores morais ao reafirmar os conhecimentos filosóficos do seu tempo, que e até hoje influenciam, sobretudo, no lado ocidental da terra a vida de bilhões de indivíduos.

Então! A ideia das coisas divinas, está diretamente ligada a algo que denota a elevada moral da providência à inteligência suprema do universo

Trata-se de algo que está impresso na alma humana, que observamos pelos atos de grandeza e excelência nas atitudes altruístas designadas de seres de eleva moral, os ditos Deuses.

Verifica-se, também, que dentre as virtudes apreciadas pelo divino se destacam as qualidades morais do indivíduo. São essas, as que distinguem uma pessoa comum daquela considerada eleita —, a que vive e age segundo o “coração de Deus”. 

O que nos leva a aferir, que o apreço de Deus para com os humanos, segundo os textos sagrados, é pautado numa prática de conduta ética e de elevada moral

Ao terminamos a nossa breve viagem ao passado, visitaremos mais um texto, os ensinamentos Cabalísticos (I, a.C.) —, escrito no Livro Zorah (O Explendor): “… é o desejo de dar, é preferível ao desejo de receber” — tal como é, “o amar o próximo como a si mesmo” da referida Bíblia Sagrada.

Fato é, que no agir com elevada moral invariavelmente exige um comportamento anti-egoico, isto é, ter em primeiro plano o bem-estar do outro como se fosse um desejo. Certamente isso, é contrário ao princípio do desejo puro, isto é, simplesmente do nosso ego.

Então, se outro é como a nós mesmos —, o porquê praticamos o mal contra nosso semelhante?

Se o humano é essencialmente guiado por desejos (egoicos) podemos verificar que o ponto central aqui contradiz o ideal divino para nós. Ou que talvez, a nossa espécie, tenha uma existência predestinada desconhecida para consecução de um propósito de unidade, onde todos somos um.

Não é sem razão que no século XX, no pós-segunda grande guerra, se popularizou um instituto jurídico internacional que abarca um conjunto de garantias positivas inerentes a todos os humanos: “o respeito à dignidade da pessoa humana”.

Porquanto, o desejável para uma existência digna, é que a vida do outro importa tanto quanto a nossa própria. E, isso, vai muito além de uma mera moralidade religiosa. Trata-se, viver de maneira altruísta: de pensar e agir com o outro como ser humano.

Das grandes lições que aprendemos nesse breve giro pela história antiga, seja na filosofia, teologia ou nos costumes, ao que tudo sugere a humanidade está toda conectada, ou seja, como se fosse um só corpo, um só ser.

Portanto, trata-se, afinal, de um agir (do espírito) humano: com ética e moral elevada. Tal como fez o carpinteiro de Nazaré, Rabino Yeshua (Jesus latinizado) há mais de vinte séculos, que mesmo sendo ele um espírito elevado viveu a níveis humanos e nos legou uma das maiores lições na vida: ensinou que tudo é possível para o ser humano, bastando ter fé no bem agir em comum, pois é esse o princípio maior das faculdades humanas.

AUTORREALIZAÇÃO: O QUE É O SUCESSO PLENO?

Existe a verdade e as coisas que pensamos ser as certas, tudo é uma questão de escolha —, e cada gesto nosso é que denota o quanto anda o nosso nível de consciência moral.

Visto que ao nos questionarmos, por exemplo, sobre o sucesso pessoal, há atitudes que deve assertivamente nos impactar em primeiro lugar.

A começar pelo questionamento: O que existe de mais importante numa autorrealização?

Inicialmente, podemos escolher atingir determinado patamar em qualquer área das nossas vidas, como vencer e obter o sucesso, mas julgo impossível fazê-lo apenas percorrendo o caminho mais rápido. Depois, que perseguir metas é importante, mais ainda o é, não perdermos o foco com relação ao caminho da nossa evolução como ser humano.

Quantas vezes nos obstáculos (experiências indesejáveis) mudamos e perdemos o rumo?

Além disso, superar metas são importantes, mas a maneira com que reagimos as nossas decepções e dores, por vezes podem nos fazer esquecer o que somos e não observar aos propósitos verdadeiros que nos elevam moralmente.

Por isso, nem sempre vencer a batalha não significa “ganhar a guerra”! Essa, deve ocorrer se atingirmos segundo ideais elevados.

Podemos escolher e ser vitoriosos, mas o resultado de tal conquista envolve superar tropeços e intempéries ao longo do caminho, visto que isso, também fazem parte integral do processo da autorrealização.

Ao ponto que invariavelmente quando erramos, essas falhas nos servem para ajustar as metas, o rumo, porque é fundamental que aprendamos com as nossas falhas.

Quantas vezes à primeira vista parece que nunca conseguiremos, mas se dermos razão a isso acabamos por desviar do objetivo. O objetivo nunca deve mudar ao longo da jornada somente as metas mudam.

A verdade diz que o sucesso que sobrevier será perfeito se observarmos determinados códigos (procedimentos), os quais, nortearão nossas metas do nosso bom agir no rumo dos objetivos almejados.

Tais procedimentos, dizem a maneira com que as nossas conquistas reverberar naqueles que estão em nosso entorno, pois, é isso o melhor guia do proceder correto que conduzem as nossas realizações ao próximo nível.

Como indivíduo, por vezes pensamos que sabemos muito, mas é nisso que mais nos enganamos, porque aqueles que julgam saber tudo se perdem pelo caminho da racionalização pura. Penso, que tudo é uma questão de escolha, sobretudo, a maneira que nos interpretamos a cada estágio da vida da nossa evolução moral.

Pois, desde o momento em que lançarmos em qualquer empreitada, devemos ter em mente que tão importante quando saber o destino, é necessário analisar o que cada experiência fez ao nosso bem agir para com o outro. Disso que depende a nossa autorrealização.

Muito já foi dito, que somos almas vivendo que como seres que somos, e que a vida é uma jornada com propósitos (objetivos). Por isso, tanto maior é aquilo que almejamos, tanto maior deve ser a experiência que nos transforme numa melhor versão de nós mesmos.

Aprendi de maneira muito peculiar buscar entender o propósito por trás de cada vitória, de cada sucesso. Às vezes até quando falhamos, e aparentemente não conseguimos tudo que almejamos, vale pela experiência vivida.

Ademais, nunca esqueçamos de que não vivemos sozinhos neste mundo, e o que fazemos com as nossas escolhas durante o processo, são tão importantes quando as próprias vitórias.

Compreendi que existem essas leis (instruções) que estão latentes em todos nossos atos frente a verdade universal. Que, seja qual for o nosso objetivo é preciso, termos em mente a maneira com que nos comportamos em cada conquista. Por exemplo, o bem proceder, que deve nortear sempre as nossas ações, assim como, as lições aprendidas no curso das nossas vidas.

Cada ação que realizamos deve servir para edificar as nossas relações segundo regras morais elevadas, porque é fundamental impactar positivamente a vida de outros também.

Por isso, que o nosso sucesso em nada adiantará se não edificarmos a vida de outrem. Será um saber inócuo ou apenas prazer, e esse, não edifica nada.

Portanto, cada conquista deve ser seguida de uma edificação moral nobre, tais como (justiça, bondade e fraternidade), é agora que tomamos a posse de fato das nossas vitórias/conquistas. O que significa dizer, que devemos ir além das nossas meras satisfações pelo sucesso. O sucesso pode até ser tudo, desde que se considere o aprendizado e a qualidade das vitórias, sobretudo, na relação como outro e o com mundo circundante.

REFLEXÃO: PORQUE O INSUCESSO TE AFETA TANTO

Deve mesmo haver mesmo, parafraseando Shakespeare, muita coisa entre o céu e à terra além do que pensa nossa vã filosofia. Pois, quando mais se tenta a compreender a existência, tanto mais, é surpreendido por eventos imprevisíveis.

Há tantas coisas que empreendemos visando obter resultado x ou y, no entanto, somos surpreendidos por imprevistos e falhamos.

Então! Será que existe alguma maneira mais eficaz para investirmos as nossas energias e não sermos surpreendidos quando sobrevierem os piores resultados?

Sigmund Freud disse certa vez, que existe no mínimo três atividades as quais é impossível se chegar a um resultado satisfatório, o mestre da psicanálise se referia a educar, governar e curar.

Contudo, quantas vezes tais ocupações perpassam as nossas vidas em breve espaço de tempo —, quem poderá dizer que nunca se decepcionou tentando ensinar alguém? ou, quando administramos as próprias coisas? ou ainda, nas tentativas de se obter a cura de algum mal?

Seja como for, é fato que ao empreendermos as mais diversas atividades, e sobre as quais, criamos muitas expectativas, mas isso não garante êxito.

Porque na medida que nos tornamos mais assertivos frente as causas de algo que nos afligem, deveríamos, antes, ter uma convicção em mente, qual seja? Que a possibilidade de nos decepcionarmos é mais evidente que a dada resolução satisfatória propriamente dita!

Tinha um colega no trabalho, um sujeito estranho, mas se encarregava das piores missões da empresa, e ao assumir dado compromisso penoso dizia: você deve se lançar para resolver algo tendo em mente uma certeza (a coisa pode dar errado). Dizia isso de maneira bem assertiva, porque essa era a sua única certeza. Justificava sempre, que seja qual fosse o outro resultado que ocorresse isso seria lucro, o sucesso.

Se pensarmos um pouco, meu colega tinha uma maneira até positiva de observar as coisas, isto é, não criar expectativas otimistas e simplesmente encarar. E, seja o que sobrevier, aceitar sem drama, ou seja, o resultado se deve receber com bom ânimo, porque seja o que for que se almeja, ele nem sempre dependerá somente do próprio esforço.

Portanto, o insucesso te aflige tanto é devido à maneira de encarar a vida. Esforçar-se é necessário, é óbvio, mas sem muita ansiedade/‘stress’. Comece com uma sugestão saudável: nunca se deixar levar pelo modismo ala coach, “Se pensar positivo conseguirá, blá, blá, blá… Parafraseando Mario Puzo, no livro poderoso chefão, “na vida é o que é”.  E, se falhar recomesse, recomesse, recomesse…

REFLEXÃO: O SUCESSO É UMA DÁDIVA OU DEPENDE DA FORÇA MENTAL?

 

Desde os primórdios da vida humana no planeta em que temos registros segundo os livros sagradas de diferentes culturas, contam que os bem sucedidos são aqueles abençoados pelos Deuses.

Entretanto, os devido os afortunados representarem uma pequena parcela dentre as populações, o que nos leva a questionar: será que o sucesso é mesmo um designo e oriundos de crenças ou de escolhas?

Essa breve reflexão é uma investigação empírica: uma autoanálise, e uma constatação oriundo da nossa própria consciência quando nos questionamos: será que o sucesso e a completude é uma dádiva ou é uma mera questão de força mental?

Inicialmente, devemos responder cinco questões elementares para empreender a nossa jornada do autoconhecimento: 

Quando é que se descobre que está pronto enfrentar os desafios da vida? —, é óbvio que varia muito de pessoa para pessoa, mas há duas condições que se atendida nos darão as pistas, ou seja, é a partir desse momento em que você descobre, que: 1) não precisa de muita coisa para viver —, a etiqueta social não é prioridade na sua vida e; 2) consegue conviver bem consigo mesmo —, não precisa de julgamento ou de aprovação social, porque a sua própria opinião é que importa.

Como você sabe se vai conseguir? Você constata que viver bem é uma questão muito subjetiva, porque afinal tudo é uma questão do seu olhar para a vida e independe da opinião do outro.

O que é autorrealizações? Aqui é preciso estabelecer um objetivo, uma meta que não seja idealizada e convencionada pelo outro. Todos sabemos que dentro de uma família, por exemplo, existem concepções de mundo muito diferentes entre seus membros, sendo o bom para um não será o mesmo para outro. Por isso, ao estabelecer um objetivo leve em conta o seu bem viver. Muito cuidado com o ideal de felicidade segundo o senso popular.

Onde começa a jornada? É interessante pensar numa localização, porque vivemos no mundo dos sentidos, mas não é disso que se trata, porque é uma busca no interior do ser: especificamente na nossa psique, ou seja, na nossa alma.

Porque autorrealização é relevante para nossa vida? Porque é isso diz o que somos —, é uma questão da nossa própria consciência, da nossa concepção de existência. Tanto que é quase impossível nos realizarmos plenamente se nos enquadrarmos num modelo do outro, porque afinal de contas, somos indivíduos! Essa, é a qualidade que pressupõe que os parâmetros ditados pelo outro nem sempre serão os mesmos que os nossos.

Portanto, a FORÇA MENTAL, ou seja, a maturidade da psique é fundamental para o sucesso pessoal em qualquer área da nossa vida —, porque é de onde vem a nossa persistência, porém, persistir não é tudo. Se formos eleger um ponto central da AUTORREALIZAÇÃO constataremos ser esse o destinatário dos nossos esforços (para QUEM). Se a resposta não for (100%) para si mesmo, pouco importa o resultado, visto que seja pelo sucesso ou pelo fracasso em breve lhes sobrevirá a frustração pessoal.

O INDIVIDUO: PORQUE É IMPORTANTE SABER QUEM SOMOS?

Será que na vida sempre estaremos as voltas com problemas? Quem nunca desejou a felicidade, vivenciar um estado de bem-estar duradouro? Tudo que ocorre deriva de alguma de lei eterna ou é apenas fruto da nossa escolha? Será que tudo não passa de uma ilusão?

Penso que pelo simples fato de nos ocorrer esses questionamos, sugere haver algum fundamento que vale pena investigar, refletir.

Quando refletirmos sobre isso, percebemos que não se trata de mero fruto da nossa imaginação, mas, que talvez se deva as lembranças, ‘insights’ do nosso inconsciente, e/ou provêm dos anseios do nosso espirito imortal!

Conta uma história antiga da mesopotâmia, (terras localizadas entre os rios Tigre e o Eufrates, esse dito local, foi o berço da civilização mais antiga que temos registros). Reza a lenda, que havia um jovem que tudo questionava! E, o fazia, desde tenra idade. Idealizava sobre a existência de um ser supremo, um único criador de todas as coisas. Em sua busca passa a observar o sol, questionava: “será que o criador de tudo é o sol?”  —, após o período diurno o sol o desaparecia no horizonte. Dizia então, “não, o sol não deve ser o criador porque o seu esplendor e calor desaparece e um novo luminar surge, a lua. Logo, pensou: “esse deve ser mais poderoso por tomar o lugar do sol”. Contudo, ao alvorecer o sol ressurgia com seu esplendor característico, e a vida diurna voltava a fluir com toda sua grandeza. Assim, conjecturava: “a lua não poderia ser o criador, porque cede novamente aos potentes raios do sol”. Entretanto, tal elementar constatação, levou o jovem buscador a se questionar ainda mais, talvez estes, o sol diurno e a lua noturna não poderíamos ser os criadores de todas as coisas. E, sua busca continuava. Certo vez quanto com cinquenta anos e o assunto ainda lhe perturbava a mente, e ocorreu a Abraão, (Lech Lechá!) —, “Vá para ti mesmo!” —, Se a busca no mundo exterior não teve sucesso, talvez, devesse procurar as respostas dentro de si.

Quanto a nossa realidade, sabemos que muitas teorias teológicas e filosóficas foram forjadas ao longo da história, mas nunca houve uma conclusão que acalentasse o espirito humano sobre as questões postas.

E, o homem continua se questionando: de onde viemos, o que somos, e se há algum propósito para tudo o que nos ocorre. Qual o sentido da vida —, qual o sentido de uma existência —, tudo que dela deriva, é algo predestinado ou apenas consequência de alguma lei eterna —, como a causa e efeito?

As contribuições das ciências mais avançadas do nosso tempo, essas que criam progressivamente um sem número de conhecimentos, mas seu foco é explicar os mistérios da criação do universo, e afins. Talvez, a essência humana continue sendo o maior enigma da humanidade. Contudo, é de se pensar, (que de nada adianta saber muito sobre o universo e tão pouco sobre a própria mente humana).

Compreender própria mente, isto é, pensamentos, intuições, emoções, etc. são os maiores desafios do indivíduo.

Vale a pena saber quem somos, porque existimos, e se há algum propósito para cada existência. Penso que na busca empreendida, por exemplo, para encontrar um criador é que nasceu o desejo do homem de conhecer a si mesmo.

Então, a jornada da autoconhecimento, da busca por si mesmo, já esteve por muito tempo na obscuridade, e também invariavelmente fora tratado como um tabu por milhares de anos. E, hoje ainda é, por exemplo, as religiões com suas teologias propagam dogmas, estes, que afastam cada vez mais o homem de si mesmo, da sua essência.

Afortunados são os indivíduos que não buscam intercessores entre o ser e a sua essência!

Sou inclinado à ideia de que as respostas existenciais, só podem, como concluiu aquele jovem caldeu há mais de quatro mil anos, ser encontradas ao irmos em direção ao nosso interior, para dentro de si.

Descobertas, sobretudo, do início do século XX sobre o funcionamento da psique humana foram sem dúvidas adventos que desmistificaram o tema quando ao ser e sua essência. As contribuições da psicanálise de Freud, por exemplo, foi uma das teorias que visam investigar a alma humana, o funcionamento da mente humana, e suas implicações no cotidiano.

Numa alusão aos estudos da psique, somos seres complexos, é óbvio, por e não há uma teoria pronta segundo a qual, podemos definir quem somos, mas é a partir da compreensão da mente humana integralmente (consciente e inconsciente) um caminho reto para encontrarmos a nós mesmos, para conhecer a nossa essência. (O eu que pensa e sabe que pensa!), só assim, podemos ir além do que pensamos que somos.

Portanto, ao conhecer a nós mesmos com profundidade poderemos descobrir as pistas do que somos, como existência. E, ao fazermos isso, encontraremos as respostas, as justificativas dos porquês dos nossos problemas, alentos para nossas aflições e aprenderemos a diferença tênue existente entre realidade e ilusão.

PORQUE É IMPORTANTE DESCOBRIR QUEM SOMOS

Desde tempos imemoriais na história da humanidade, que nem sequer podemos rastrear, é fato que houve sempre o interesse pela compreensão dos nossos comportamentos e desejos: (porque somos como somos, tão diferentes de outros?).

Nas questões como: porque meu irmão age tão diferente de mim. Porque não sou igual meu pai, mãe… —, talvez eu seja a ovelha negra da família… — porque sou estranho no ninho? — pode ser que você nunca tenha pensado nisso, mas é fácil de se constatar: (Você difere mesmo dos seus mais íntimos parentes).

Então, porque somos assim —, diferentes? — Isso vale a nossa reflexão de hoje.

Em muitas culturas ao redor do globo, é possível verificar os adágios populares: “filho de peixe peixinho é” e “pau que nasce torto nunca endireita, etc.” são uma grande balela.

Então, por onde começar a busca para compreender esse (mistério)? — Penso, que o melhor laboratório para encontrar respostas para essa questão é conhecer a nossa própria existência, a vida cotidiana.

Primeiramente, devemos nos despir de preconceitos e aceitar que existe algo em cada um que nós, que nos diferencia dos demais. — Cada ser, é um indivíduo e como tal, temos peculiaridade só nossas, a nossa subjetividade!

Como empirista que sou, e nesta questão, devo contrariar o mestre Piaget.

Somos frutos de uma combinação de fatores inatos (nascemos assim ou assado), soma-se a isso, as questões ambientais e nossa interação social. É dito que sofremos muitas influências de fatores externos que nos são alheios, ou seja, temos a nossa vontade livre, mas antes de tudo, somos seres como enorme carga subjetiva que até hoje não podemos dizer com clareza o porquê disso.

Na visão da psique humana, a ciência não tem todas as respostas, mas, podemos ao menos especular o motivo pelo qual diferimos se trata de uma constante da condição humana, a nossa individuação. Somos seres únicos.

E, porque isso é importante? —, ora, embora a psicologia moderna possa atestar que temos aptidões x ou y, mas isso não responde quem de fato somos.

Certa vez estava ouvindo uma jovem culta falar de si mesma e disse de maneira enfática sobre o seu comportamento, “que tinha sua maneira de (constatar) o mundo, seu modo de ser”.

A questão deve ser respondida ao longo da própria existência pela busca do autoconhecimento. Você pode ser filho de alguém que age assim ou assado e ter adquirido erudição, mas isso, não é suficiente para dizer muito só si mesmo.

Portanto, a responder à questão (somos quem somos) é essencial porque a partir dela poderemos descobrir um sentido para própria existência e conquistar assim a satisfação plena nesta existência.

REFLEXÃO: POR QUE SABER DE SI, É DESAFIADOR E MARAVILHOSO?

Se já lhe ocorreu um pensamento, mesmo que vagamente, um questionamento sobre o sentido da sua existência, ou, por a vida ser como é? Acredite! Você está diante de um dos maiores desafios da sua vida, encarar a si mesmo e, em simultâneo, é uma oportunidade.

Quem pode dizer que se conhece em profundidade? Será que o que sabe é toda a verdade sobre si? Tente um auto questionamento: respondendo honestamente sobre você, como realmente é —, se pensa dizer em algo como: “sou fulano(a), filho(a) de sicrano, casado(a) ou solteiro(a), minha formação é tal, trabalho com x, etc.”, é certo que bem pouco sabe de si.

Tem aquela célebre frase do pai da psicologia analítica, Carl G. Jung – “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.” —, não é sem razão que o mestre Jung resumiu a busca do autoconhecimento, o conhecimento de si, nesta bela metáfora.

Portanto, buscar a verdade honestamente sobre quem é, exige ouvir a si mesmo sem reservas: dialogando com as camadas mais profundas da própria psique: muito além dos instintos, desejos e emoções. Deve ir fundo na toca do coelho — (Alice no país das maravilhas). —, uma sugestão, preste mais atenção nos símbolos observados nos sonhos.

REFLEXÃO: QUANDO “A FICHA CAI”

Quem nunca procrastinou, deixou aquele projeto (sonho) para depois? Atire a primeira pedra quem nunca arrumou uma desculpa “incrível” para justificar a própria inércia para sua verdadeira vocação? Ou ainda, quem nunca sentiu medo/insegurança na hora de começar algo novo?

Seja como for, acredito que ninguém está imune a isso, isto é, de negar honestamente as questões acima.

Então! Vale a nossa reflexão de hoje: quando a nossa “ficha cai” e nos damos conta de que não estamos sendo bons para nós mesmos, agindo daquela maneira —, deixando tudo para o futuro. E, isso é fácil constatar, pois, é certo que nunca realizaremos nossos sonhos.

Se de um lado, ter medo do desconhecido faz parte da nossa psique. Porém, se passaram milhares de anos da vida nas cavernas e savanas e ocorreram evoluções de toda ordem: trabalho, econômica, social, etc., por outro lado, aquele medo que nos protegeu dos predadores na antiguidade nos perseguem e só mudamos/elegemos novos inimigos.

Quando a ficha cai, é quando constamos que deveríamos ser mais racionais em todos os sentidos das nossas vidas, não somente nas questões de segurança financeira e status social. Devemos olhar para quem realmente somos e para aquilo que nos proporcione realização pessoal.

Portanto, se sua ficha ainda não caiu, cuidado! — você pode representar apenas um número na enorme parcela de indivíduos da tribo que busca a “felicidade em ter em detrimento do ser”. Por isso, aja racionalmente, mas considere ser complexo que és, e necessita não só de segurança, mas, sobretudo, de autorrealizações. A felicidade está nas pequenas coisas, nos breves momentos de satisfação e o fim é a inexorável morte, sendo essa, única certeza dessa vida.

IDENTIDADE, QUEM É VOCÊ?

Quando crescer quero ser igual a fulano, sicrano… Quem nunca, disse algo parecido por diversas vezes na sua vida? Quem nunca pensou que para ser (feliz) precisará ter isso ou aquilo, conquistar o afeto de determinada pessoa, etc.? Aquele ainda, que poderá dizer com certeza, que nunca agiu de determinada maneira só para ser incluído como parte de algo maior, mesmo contra suas aspirações?

Fato é, que durante nosso desenvolvimento como individuo invariavelmente aprendemos a nos portar como peça de uma máquina (maior), apenas, como uma pequenina engrenagem no grande sistema social, etc.

Por isso, o caminho da descoberta do (ser), como indivíduo, é árduo e quase não se aprende nada sobre isso na escola. Em geral, somos desestimulados até pelos nossos pais, tutores, a enveredarmos para tal busca. Vemos isso, nos tradicionais conselhos sobre a vida adulta: “o que uma (pessoa) precisa e ter é uma ocupação para ganhar o próprio dinheiro; constituir família; respeitar as leis; ter uma religião, etc.”.

Ocorre que para alguns de nós, nos quais me incluo, desde tenra idade percebeu que isso não é certeza de realização pessoal, ou seja, perseguir à ideia modelo: “pertencer a algo maior”, pertencer ao bando x ou y, em última instância, para individuação, não significa absolutamente nada e muito menos para própria autorrealização.

Portanto, o caminho a ser trilhado como ser social é apenas parte externa do processo de desenvolvimento do indivíduo. Diga de passagem, essa é a menor parte, porque a maior parte do (compreender a vida)  é conhecer a si mesmo. A busca pela individuação, responder seus próprios questionamentos e evitar ao máximo o pertencer em detrimento do ser.

Quem sou, para que estou aqui…

“A vida como ela é” (Nelson Rodrigues), penso que resume bem o desalento para justificar desencantos e decepções, isto é, um vazio existencial. Basta uma breve introspecção para se perceber que a vida não é bem assim. E, que talvez, seja é uma questão básica de autoconhecimento.

Quem nunca sonhou obter as respostas para vazios interiores, decepções, depressões, desilusões com a vida, etc.? Quem nunca desejou ter uma vida plena? Quem ainda, nunca pensou que talvez a felicidade seja utopia? — seja como for, isto é, a sua visão de realidade, vale a pena uma breve reflexão.

Segundo ótica contemporânea da sociedade consumerista em que vivemos, é presumível ser poucos os interessados por questões existenciais, sobretudo, para indivíduos que acreditam que ao suprirem seus desejos experimentam a plenitude de suas vidas. Porém, enganam a si mesmos com tais ilusões, não é disso que se trata a plenitude da existência.

Como dizia o Jack: “Vamos por parte”. Antes de buscarmos métodos ou técnicas para realização existencial, devemos identificar o ponto-chave (essencial), para essa compreensão: — isto é, responder à questão primeira: “quem somos?”

Um fato muito comum, ao tentar responder à questão (quem sou), é o uso de rótulos (títulos): sociais, culturais, intelectuais, etc., mas, quando, na verdade, não é disso se que trata. O ser (da questão) provem do seu íntimo, muito além da sua formação, das suas posses ou do poder que detém.  

Portanto, quando conseguirmos responder com honestidade quem somos, certamente isso nos levará a próxima e importante questão, “para que estou aqui, para que existo”? — a consciência de si, é o primeiro passo para compreensão de como preencher o vazio existencial.

REFLEXÃO: UM DOS MAIORES DESAFIOS HUMANO

Quando se busca algo por algum tempo (seguindo as próprias aspirações) e mesmo que aparentemente a empreitada seja frustrada, é certo, que nós nos conhecemos cada vez mais.

Invariavelmente são dos nossos erros que tiramos as melhores lições na vida, por exemplo, nos relacionamentos humanos.

Ao compreender o outro, aprendemos o quão somos complexos. E, isso só é possível se conhecermos as ‘nuances’ do indivíduo, observando sua persona e seu comportamento. Fato é, que tais entendimentos são fundamentais para estabelecer saudáveis conexões humanas.

Particularmente, a visão do outro, me inspira e motiva continuamente. Seja na vida pessoal pelo autoconhecimento, ou profissional pela aquisição de ‘expertise’, e isso me permite ter muitas oportunidades e obter as maiores conquistas.

Ademais, queiramos ou não, o processo de individualização é o que nos tornam únicos (indivíduos) e isso, determina quem somos (a nossa subjetividade) — com a capacidade de escolhas consciente, agir, relacionarmos com o outro, etc.

Portanto, identificar em nós e no outro, características como: iniciativa, empatia, criatividade, resiliência, sonhos e ambições, são fundamentais porque repercutem diretamente na maneira como as conexões humanas são feitas.

Quando nós encaminhamos para a primeira metade do século XXI, penso que seja esse um dos maiores desafios contemporâneo: como respeitar a subjetividade do indivíduo frente a (hiper) conectividade de diferentes culturas e costumes. 

Por fim, é razoável deduzir os nossos desafios na atualidade é a interatividade humana, sobremaneira, quando baseadas em algoritmos de (IA), porém, nunca nos esquecendo que tudo foi criado para facilitar a vida dos indivíduos e não para suprimir a soberania da própria individualidade.

O SENTIDO DA VIDA: QUAL É O MAIOR OBSTÁCULO?

Certa vez explicava sobre o autoconhecimento e fui interrompido por um jovem: “professor, a minha ignorância me dá conforto, porque sei que vou sofrer ao saber a verdade”.

Quantas vezes em nossas vidas preferimos ignorar a verdade para viver a ilusão? — não é que isso seja de todo mal a fantasia, mas viver num mundo de fantasia não é saudável, sobretudo, para a psique, e é péssimo para questões existenciais.

Não é sem razão que a sétima arte, o cinema, criou um verdadeiro império econômico com as produções de filmes, etc. isso nos dá conta da dimensão do mercado de entretenimento, ou seja, as pessoas preferem a fantasia à realidade.

Nesta reflexão, continuaremos falando sobre a busca pelo sentido da vida. Nessa jornada, como em qualquer uma que empreendemos, apontamos que existem obstáculos, e aqui, destacaremos o que julgo ser o maior de todos.

Recapitulando, já compreendemos o ser, o indivíduo, que pressupõe ter consciência de si e capaz de escolhas racionais, mas como toda regra tem exceção, devemos falar delas primeiro.

Abaixo da nossa consciência, existe o designado subconsciente, isto é, uma espécie de repositório de tudo aquilo que invariavelmente nunca enfrentamos e/ou é mais cômodo varrer para baixo do tapete: são as experiências infelizes, traumáticas, que por motivo de força maior (desconhecimento), pressão dos costumes (tabus) negamos a sua existência. Fato é que quase todos temos algo que nunca queremos encarar, isso é a nossa “criptonita”.

Como tenho gosto pelo empirismo, sugiro pensar e agir como se fosse uma receita de bolo: para se tornar o desejável ser integral, um indivíduo pleno, porque sinta mesmo que dor, decepções, perdas, ou seja, o que a vida lhe der, não o impeça de continuar uma jornada feliz: curtindo o belo, fazendo o bem e cultivando a justiça.

Portanto, o maior dos obstáculos para se compreender o sentido da vida, ou seja, a nossa missão nesta existência, é sem dúvida a ignorância sobre si mesmo. E, para resolver isso pelo método empírico (SACADA), é: 1.ª ser honesto com consigo; 2.ª aprender sempre, fazer das dores e decepções sua escola; 3.ª compreender que a solução é sempre interna, ninguém mais pode “te salvar”; 4.ª agir com a intenção de mudar a maneira como vê a si mesmo e o mundo; 5.ª deixar o que lhes causa mal ou te aprisiona; 6.ª amar a si mesmo e praticar o bem, amar a beleza e amar e cultivar a justiça.

O SENTIDO DA VIDA: POR ONDE COMEÇAR?

Como seria fácil desejar algo e seu desejo se tornasse realidade? — Mas, diferentemente do que é apregoado por teorias quânticas, até onde conheço, desde a nossa percepção de realidade, depende muito além dos nossos meros desejos, ou seja, é precisa de muito entendimento, considerável compreensão de si mesmo.

Quando nos propomos compreender o sentido da vida, isso é, qual nossa missão nesta vida, devemos fazer abstrações e muitos questionamentos e começar por responder questões elementares, tais como, (o que sou?).

Então! Como responder essa questão aparentemente simples?

Antes de apresentar qualquer “esquema” útil para a tarefa, falaremos um pouco de empirismo, aliás, esse é o método que adotamos aqui desde sempre.

Em síntese: desde criança fomos ensinados que somos filhos, netos de alguém, e que pertencemos a determinado grupo na sociedade. Quando nos tornamos adultos, passamos a nos definir pela nossa ocupação profissional e/ou pelos títulos que conquistamos, ou ainda, pela religião que professamos. — Com certeza, essa não é a resposta sobre o que somos!   

Vamos por partes, — como dizia o Jack! — tente responder com poucas palavras, “o que é um indivíduo?”

Pelo nosso método, vamos partir do princípio de que (O SER), o indivíduo, pressupõe que tenha subjetividade, autonomia e autodeterminação.   — Mas, o que significa isso?

Precisamos compreender antes de tudo, o que é o ser, isso é, o indivíduo! O ser é dotado de consciência, com capacidade de discernimento e de fazer escolhas racionalmente. Mas, até quanto você quer ir para compreender esse mistério? — até quanto quer descer na toca do coelho?

É fato, que para muitos de nós, falta coragem para  questionar “a própria racionalidade”, sem parecer “Louco”, “doido de pedra” para si mesmo.

Trata-se, contudo, da sua concepção, uma ressignificação. É essa a jornada que lhe conduz ao sentido da vida, ao caminho para dentro de si!

Por fim, a maior barreira que alguém poderá encontrar na jornada do autoconhecimento são crenças que temos sobre nós mesmos: sou isso, sou aquilo, pertenço a, creio em x, y, etc., mas primeira questão que devemos enfrentar em algum momento das nossas vidas é, e (SE) tudo que sabemos não é toda a verdade? — Gosto da assertiva de mestre Jung: “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”

O SEU SENTIDO DA VIDA É O QUE MELHOR TE DEFINE

Como sabemos, tudo na vida tem motivo, causa, razão de ser, sobremaneira, o sentido da vida, sendo a essência do espírito humano. É esse, o tema central nesta maravilhosa viagem para dentro do ser, empreendida através do autoconhecimento, do conhecimento de si. 

Após meses sem escrever, — tive um insight — me questionei: como ajudar as pessoas autovítimas (depressivas)? — Já que a maioria não faz ideia porque sente o que sente: que o leva a perder o sentido da vida!

Nossas reflexões futuras, falaremos sobre um dos males do século: a depressão e suas raízes mais profundas.

O que leva uma pessoa aparentemente saudável, social, intelectual e financeiramente bem posicionada  a buscar dar cabo a própria existência ou “cair” num estado de depressão?

Como sou empirista, só falo daquilo que posso verificar de perto, e esse tema me ocorreu de maneira inusitada: — estava interagindo num grupo sobre espiritualidade, e percebi ali significativo número de jovens bonitos e bem situadas, relatando serem pessoas depressivas e algumas até com tentativas suicidas.

Após ler suas mensagens, senti a extensão dos seus sofrimentos e pude compreender como lhes pareciam reais suas dores. Soma-se a isso, que o assunto que me interessa, visto que meu pai suicidou-se em 2007, e desde então empreendi buscas por respostas.

Fato é, que verifiquei haver circunstâncias comuns recorrentes no comportamento de indivíduos deprimidos e daqueles que tentam suicídio.

Percebi, portanto, que tais pessoas não conhecem a si mesmas, ou seja, a própria missão nesta existência. Embora, algumas até fossem cultas, espiritualistas e/ou religiosas. Porém, não nunca conseguiram se definir como seres (conscientes). Vivem suas vidas, retro-alimentando um vazio interior: como se estivessem numa espécie de suspensão existencial. Tem apenas motivações rasas, mantidas através de frágeis crenças e dogmas. Observei, enfim, que não resistiriam a primeira recaída sobre si mesmas diante de quaisquer circunstancias adversas na vida.

Por fim, aprofundaremos mais, sempre seguindo o nosso modo empírico e realista.

REFLEXÃO: QUAL MAIOR OBJETIVO DA VIDA

Você já se perguntou por que existe? — vale a pena esse questionamento — o autodesvendamento: porquê estou aqui.

Pouco importa o quão longe olhemos para o passado é certo que constataremos que a alma humana persegue mesmos propósitos, tais como os de hoje, — a evolução da consciência.

Corrobora com isso, que de tempos em tempos nascem indivíduos que buscam com afinco aprender sobre o tema e se tornam iluminados: (seus ensinamentos transcendem o comum). Ao que parece, esses têm missões de nos provocar reflexões: sobre o que somos.

Inclusive, a ideia de religação com o divino (a religião) existe desde tempos imemoriais, e isso por si só, nos dá conta de um desejo latente e inconsciente nos seres humanos. Sobremaneira, voltado para encontrar o caminho de volta ao sublime, ao essencial do universo de onde tudo sugere que a vida descende.

E, pouco importa como designamos a descendência da alma humana: (Deus, Universo, Natureza, Inteligência suprema), fato é, que isto existe uma causa primeira de todas as coisas.

Entretanto, se olharmos para as nossas ações e buscas do cotidiano (focados no imediato e no tangível) percebemos que somos indivíduos sem noções de nós mesmos, e invariavelmente, muito longe de atingir a conquista do ser, a iluminação.

Enquanto seres mortais, é certo que tendemos viver apenas para o que nos dá prazer e/ou por respostas imediatas perceptíveis pelos cinco sentidos. Difícil é acordar para que a vida (uma existência) é mais uma oportunidade de aprender pela experiência cotidiana, visado a evolução da nossa alma imortal (encarnada).

Por fim, O OBJETIVO DA EXISTÊNCIA, por certo, não pode ser apenas a própria vida, mas o conjunto das experiências que é o nosso aprendizado. Sobretudo, daquilo que compreendemos sobre o que somos. Porém, se numa vida não obtivermos todas as respostas, não devemos desistir, — paciência, porque como disse o Cristo “é necessário nascer de novo…”, “… meu reino não é desse mundo”.

REFLEXÃO: O ESSENCIAL E O SUPÉRFLUO

Invariavelmente gastamos muita energia física, recursos financeiros e dispensamos muito tempo para atender desejos fúteis —, fato que nem pensamos sobre isso, — mas passamos uma vida investindo naquilo que é supérfluo…

Quem nunca se questionou sobre qual a utilidade dos bens materiais que acumulamos, aquilo, que adquirimos durante a nossa vida: para que nos serve?  — porque precisamos ter coisas muito além das nossas necessidades?

Vejamos, dois itens básicos que serve para reflexão:

(1) — ter um veículo modelo X ou Y, isto é, salvo exceções, seja qual for o modelo serve a mesma função: transportar do ponto (A) para (B) —, é só um meio de transporte;

(2) — ter muitos pares de sapato ou peças de roupas, para que nos servem?  —, para ter um (closet/armário) cada vez maior para guardar dezenas/centenas dessas? —, mas são apenas vestimentas.

Gosto de refletir sobre aspectos do cotidiano do ponto de vista de utilidades, por exemplo, sobre: moradia, transporte, alimentação, segurança, crenças, etc.

Para tanto, vale a pena usarmos como paradigmas a vida dos nossos ancestrais que viveram nas savanas. Óbvio, que resguardando as peculiaridades de cada tempo. Mas, é fato que existe sempre algo de útil no passado que podemos extrair para nossas reflexões.

Nesta reflexão, vamos pensar um pouco sobre o que é essencial e o que é supérfluo em nossas vidas. Partido do ponto que, será que somos humanos geneticamente tão diferentes dos nossos ancestrais que viviam nas savanas do continente africano (caçadores e coletores)

Ontem, ouvi a justificativa do porquê de adquirimos tantas coisas que extrapolam o requisito da essencialidade: disse-me uma jovem senhora que é professora: “vivemos no mundo consumista”. — Detesto quando usam termos esvaziados, porque gosto de raciocinar objetivamente, sem modismo.

Vamos pensar um pouco… Opa, como assim (mundo consumista)? — onde fica a nossa faculdade de escolha para o quer seja em nossas vidas? —, à assertiva da dita senhora é tal como comumente vemos no dia-a-dia: (compre isso ou aquilo…).

Ao que parece, o ‘marketing’ (do mercado) é sofisticado tem grande poder de persuasão e quer induzir a declinar do nosso livre arbítrio, mas, isso não significa que devemos consumir tudo que nos dizem para comprar! Ou seja, só porque alguém diz que vivemos numa sociedade consumerista vamos entrar no “clima” e consumir, mesmo aquilo que não necessitamos, ou não nos seja essencial!

Por fim, é possível enxergamos o supérfluo a partir do autoconhecimento, porque é através dele que nos voltamos para o essencial nesta vida. A começar por: saber o que somos? (questionando-se); aprender dizer não (saber que temos escolhas); estar aberto a mudança (mudar de opinião); pesquisar mais; explorar coisas novas e viver novas experiencias… porque afinal, o que somos de fato? — somos espíritos imortais aprendendo para evoluir.

REFLEXÃO: SOFRÊNCIA, PORQUE É MODA?

Por que ainda existe tanta carência afetiva?  Por que a falta de afeto, ou “amor” não correspondido traz tanto sofrimento?

— Quem nunca teve dor-de-cotovelo atire a primeira pedra! Mas, isso não é fim do mundo —, vamos tentar compreender…

O termo sofrência é um neologismo, formado pela junção das palavras “sofrimento” e “carência”, com significado similar a expressão popular “dor-de-cotovelo”. A sofrência ainda pode significar o ato de sofrer continuamente, de maneira depressiva e lastimável.

Fato é que gostemos ou não, isso é uma realidade de muitas pessoas —, ou, pelo menos aqui abaixo a linha do equador, nos trópicos. Há pessoas que fazem desse sentimento não correspondido o sentido das próprias vidas!

Ao discorrer sobre esse tema popular, buscaremos entender o “dilema” dos “sofrentes” e, em simultâneo, verificar como esse fenômeno popular se relaciona com o autoconhecimento.

Para entender qualquer dilema ligado aos sentimentos humanos, devemos procurar por respostas no único local e meio possível, isto é, em nós através de uma viagem interior, porque é só através do autoconhecimento, o conhecimento de si mesmo, é que podemos fazer isso.

Em síntese, a sofrência, se trata de uma expectativa errada que se tem em relação aos sentimentos de outra pessoa e da percepção errada do indivíduo com relação si —, o que falta para o sofrente é por certo o amor-próprio. — Como dizia o Jack: “vamos por partes”.

Sobre o momento atual das relações humanas, Sigmund Baumam muito bem descreveu em (Modernidade Liquida: “não há nada permanente, perene, porque os nossos compromissos e os deveres são volúveis, impermanentes”.)

Depois, sobre sentimentos envolvidos com o tema, temos: AFETOé sentimento terno de afeição por pessoa…”; POSSEé o que tem sentimento ou desejo de posse por alguém…” ; CARÊNCIAé necessidade afetiva” e APEGO “ligação afetuosa, afeição.

A grande repercussão e sucesso das canções populares (sofrência) sugerem que parcela significativa de pessoas têm uma concepção muito errada do que seja uma relação de amor.

Aliás, há uma clara confusão na cabeça destes (sofrentes), isto é, uma inabilidade para administrar seus sentimentos: falta-lhes a compreensão do que seja afeto, abster-se da posse, sopesar a carência e entender o apego. Trata-se apenas de resultado de apegos não correspondidos. E, estes, não nascem em decorrência de amor.

A sofrência, por certo, nada tem a ver com amor, porque no amor pressupõe a liberdade da pessoa amada em primeiro lugar.

Ao que parece, na cabeça de um sofrente embalado pelas (canções hits) há verdadeiro culto ao sofrimento e ao apego, sendo certo que isso retroalimente sua alma não evoluída.

Vejo o fenômeno sofrente, como de uma alma que está numa encruzilhada da evolução da espiritual: de um lado a própria percepção de si, é falha, do outro lado, não há respeito (reconhecimento) a liberdade do outro. E, por certo, o sofrente está resistindo a essa evolução. — e se o desapego fizer parte da nossa evolução?

Por fim, analisando as palavras da autora Milan Kundera: “A Insustentável Leveza do Ser, que nada mais é do que o alcance da plena liberdade. Não ter com que se preocupar, não ter a quem dar satisfações, não ter nada que lhe prenda em lugar algum. Vemos então que o PESO, conceito considerado negativo a ‘priori’, é mais que necessário, é indispensável para dar sentido à vida.”

REFLEXÃO: QUAL O SEU NÍVEL DE EVOLUÇÃO?

Você é uma pessoa grossa! Você é um ignorante! Você não tem sensibilidade com a dor dos outros!

Quantas vezes falamos ou ouvimos frases como essas? — espero que tenhas falado mais do que ouvido —, este é o ponto de partida para nossa reflexão.

Fato é que em todas as interações, seja no seio familiar, profissional ou na sociedade em geral são baseadas no trato com o outro, isto é, a maneira pela qual nos expressamos diz muito de quem somos.

Para nosso breve estudo, avaliamos o nosso comportamento e identificamos o nível de evolução da nossa alma, ou seja, o nosso comportamento nas interações no dia-a-dia, dizem muito do nível evolutivo do nosso espirito.

Antes que você comece questionar sobre os termos (alma, espirito e nível de evolução), apresento-lhes, como paradigma, dois dos maiores mestres que nos legaram bons exemplos de comportamento. Por certo, ambos estão no topo da escala de evolução espiritual (iluminação): Buda – (Sidarta Gautama, século V a.C.) e Jesus o Nazareno — (Yeshua Ben Yosef, I d.C.), contudo, ambos foram homens de carne e osso como nós.

Não tem mistério. O que nos interessa aqui, é descobrir o nível de evolução da nossa alma, espirito imortal.

É certo que tudo decorre de um processo interno da nossa da alma, — em latim ‘spiritus’ e para português é o espírito. Quanto mais evoluído somos, melhores seremos no trato com os outros.

Estudando obras do francês Allan Kardec — (Hippolyte L. D. Rivail, século XIX), que foi o organizador do estudo da espiritualidade, com sua obra (O Livro dos Espíritos), Kardec, ensina sobre o mundo dos espíritos: “[…] apenas sabemos que eles são criados simples e ignorantes, isto é, sem ciência e sem conhecimento, porém perfectíveis e com igual aptidão para tudo adquirirem e tudo conhecerem”.

Disso decorre que nascemos simples e ignorantes e ao longo da nossa existência vamos nos aprimorando, portanto, são através das nossas experiências é que evoluímos ou não.

Acreditemos nisso ou não, é um fato.

Cada dia mais, estudos da psique parecem inclinados aos entendimentos da espiritualidade, por exemplo, Jung — (Carl Gustav Jung, século XX), percebeu que todo ser humano traz de forma inata esse impulso por transcender, e isso é espiritualidade para Jung. Quando nos perguntamos quem somos nós? De onde viemos? Aonde vamos? Estamos buscando essa totalidade, buscando nos ampliar. Mesmo no pensamento cientifico existe essa busca por ir além do ego, ir além dessa realidade material e racional que conhecemos, e isso é espiritualidade.

Ademais, podemos citar mais autores modernos que advogam nesse sentido, mas está ficando longo esta nossa reflexão.

Na atualmente, a chamada “inteligência emocional” que diz da maneira com a qual “gerenciamos” nossas emoções. Que significa afinal a mesma coisa! Trata-se da evolução da nossa alma, ou seja, tudo pertence a nossa psique — (alma, espirito, psique) —, como queiramos designar.

Por fim, o nosso nível de evolução, refere-se ao aprimoramento da nossa alma imortal, espirito imortal, e nada tem a ver com nossa religiosidade ou crença, etc. Antes, porém, pelo autoconhecimento, o conhecimento de si, é que podemos encontram o caminho das pedras para evoluirmos como indivíduos. E, a maneira pela qual nos relacionamos diz muito do degrau em que nos estamos na escada de Jacó.

REFLEXÃO: VENCENDO A PREGUIÇA

Inicialmente, vale destacar que a imaginação é mais poderosa que o conhecimento, sobretudo, quando lidamos com nossa própria psique.

Quem nunca ouviu “penso logo existo?” — dito por René Descartes. — Não é sem razão, pois se pensarmos um pouco, veremos que o pai do racionalismo tinha toda razão.

Se tudo o que fazemos primeiramente acontece em nossa mente. E, ademais, há tempos foi dito que “somos cocriadores de mundos” —, e, que tudo acontece a partir dos nossos pensamentos, inclusive, criamos nossa realidade.

Entretanto, por vezes, ficamos indecisos e confusos com aquilo que deveríamos fazer ou não fazer! Na linguagem popular chama-se PREGUIÇA. O ponto é: por onde deveríamos começar quando se encontramos nesta inércia?

Todos temos as segundas-feiras! Naquelas manhãs quando sentimos que nossa mente parece desligada e nosso corpo reage como se funcionasse em marcha lenta. Porque isso ocorre? — vários são os fatores, mas isso não vem ao caso para este ensaio.

Outro dia me deparei com um estudo sobre o poder da imaginação, e pensei ser um bom ponto de partida para refletirmos sobre esses bloqueios mentais e preguiças que todos temos às vezes.

Como sou empirista, tudo que faço decorre de experimentação, por isso sugiro que essa seja uma reflexão voltada para a prática, para a ação.

Iniciemos criando o seguinte roteiro, é um pequeno guia, divido em quatro passos:

  1. A começar pela motivação: o porquê deveríamos nos lançar em tal empreitada? —, pelo mesmo motivo que levou a nos questionarmos a condição de inércia —, o nosso branco mental. Ou seja, sendo a nossa motivação o combustível para alimentar nosso motor interno, sempre devemos nos manter abastecidos;
  2. Depois, partiríamos para estratégia, o planejamento: o como poderíamos fazer tal iniciativa? — coloquemos neste passo, a nossa imaginação para funcionar, pensando como o faríamos;
  3. O não menos importante, é o nosso ‘start’ o começo: — e o foco no nosso empreendimento, — mesmo que esse seja apenas o ato de ler um livro, como sabemos, toda leitura começa quando abrindo o livro ou ‘kindle*’ e não parar por nada;
  4. E, o ‘grand finale’ deste nosso breve manual, é o ato de celebrar as nossas conquistas sobre nosso adversário íntimo, a inércia, a preguiça, por exemplo, deveríamos saborear com alegria a superação desde as pequenas conquistas (mais alguns capítulos lidos ou a simples organização do local de trabalho, etc.).

Por fim, essa reflexão é sobre como vencer a preguiça usando a imaginação. A guerra interior ocorre no processo de criação de realidade, composta dos atos de (motivação, planejamento, início e celebração). Assim, atuam todos os atores envolvidos na peça da vida no dia-a-dia, sob a direção da nossa imaginação.

REFLEXÃO: ALMA HUMANA E A FELICIDADE

A felicidade é percebida como um estado de completude e de satisfação plena, é dito ser expressão da nossa alma.

A alma é parte mais sutil em nós, porém, é nela que está a nossa energia vital e é o centro das emoções e sentimentos. Nesse corpo imaterial (a alma) reside a parte do divino em nós, aquilo de sermos (imagem e semelhança do criador).

Sabemos, que o bem-estar (a felicidade) é incompatível com angústias e sofrimentos.

Contextualizando, o sofrimento e angústia que nos afligem dizem respeito as dores da alma. Por isso, só somos capazes de perceber e desfrutar dos momentos felizes com boa saúde na alma.

Se de um lado ninguém está 100% livre de viver momentos de aflições, por outro, não é saudável que deixemos tais momentos se estendam por muito tempo, porque tudo que fazemos como rotina se torna um hábito. Neste caso, um mau hábito, não saudável para nossa psique, para nossa alma.

Disso se extrai que o bem-estar: a paz, concórdia e harmonia, são as metas primordiais da nossa alma. E os sentimentos maus que lhes causem dores são aqueles que devemos enfrentar, porque são totalmente contrários ao objetivo da existência: a felicidade.

Nesta reflexão proponho que utilizemos o melhor laboratório que existe para investigar e obter as respostas para as questões postas, através do melhor objeto e método para fazê-lo. Que são respectivamente: você e o autoconhecimento.

Trata-se, mais precisamente de descobrir (o que você é). Entretanto, se pensou em dizer — eu sou fulano(a) de tal, filho(a) de beltrano e sicrana, tenho profissão x, etc. — esquece, — não é disso que se trata.

Você já olhou de fato para si mesmo? Você se conhece?

É fato, que se você falar com qualquer pessoa perceberá que muitos sofrem com ansiedade, insegurança e medo, mas o mais curioso disso é que os maiores dilemas que vemos têm origens comum e persistente num único ponto — no desconhecimento sobre si mesmo.

Para compreender a existência com profundidade precisamos antes de tudo conhecer a nós mesmos, Carl Jung bem disse: “quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta!”, isso diz respeito ao autoconhecimento, o conhecimento de si.

O tema de hoje é felicidade e onde ela se manifesta. Porquanto, é fato recorrente nesta vida, a busca pela felicidade e as pessoas passam por sua existência nesta empreitada. Mas, ao que parece sem muito sucesso, porque vemos pessoas de todas as faixas etárias com seus eternos dilemas e dores psíquicas, — eles estão doentes da alma.

Por fim, a reflexão é o meio pelo qual o buscador procura conhecer-se a si mesmo, aprendendo, sobretudo, pela observação dos próprios sentimentos e emoções: através de autoanálise, autocriticas. Tudo visando ultimar o autoconhecimento e o do mundo circundante, porque afinal, quem está desperto entende que a “felicidade está no caminho e não no final“.

REFLEXÃO: POR QUE EXISTEM MUITOS INFELIZES?

EU vou ser feliz — quando meu relacionamento for com meu grande amor, ou com fulano(a), ou sicrano(a); — quando possuir isso ou aquilo; — quando conseguir passar naquele concurso; — quando conseguir um emprego melhor, — quando tiver mais dinheiro, ou ainda, EU poderia ter sido feliz — se não fosse porque casei muito cedo, casei com a pessoa errada, etc.; — porque não pude estudar; — porque nunca tive escolha…

Atire a primeira pedra quem nunca se deparou pelo menos com uma dessas narrativas sobre a felicidade!

É fato comum ouvirmos sobre uma felicidade condicionada, ora por (“quando…” e/ou por “se não fosse…”) — o que denota por si, que muitos de nós desconhecemos o tempo em que ocorrem os momentos de contentamento, e sobretudo, erramos no tempo, ou seja, esquecemos que a felicidade só existe num momento — no presente.

Parece até um clichê falar sobre isso, mas fato que não é… Como sou empirista e minha busca é pelo autoconhecimento, então! Proponho uma reflexão diferente.

Nesta breve reflexão, faça a leitura com a mente aberta e tente responder o rápido possível. É importante só fale consigo e não precisa pensar muito — não é necessário intelectualizar — apenas responda francamente — comece completando as lacunas a seguir:

Sou uma ____________e vivo no tempo _________, porque sei que só neste lapso temporal é que posso me manifestar neste __________ como um ___________, e, tudo que levarei desta minha existência são as ______________. Portanto, a felicidade é feita de______________ e vivida no aqui e _________.

Na questão (porque existem tantos infelizes?) — penso que a maioria das vezes é por uma mera questão de vontade, coragem e honestidade consigo mesmo, porque as pessoas fantasiam tanto sobre a felicidade, porém esquecem que ela só existe em nossa percepção e acontece nos momentos do presente.

Portanto, se você compreende ser uma alma imortal, que está no presente, vivendo neste mundo, como ser humano, e as únicas coisas que levará daqui para o túmulo são as experiências, por certo, terá constatado que só se vive aqui e agora.

REFLEXÃO: JÁ ESTEVE NO INFERNO?

Você vai para o inferno, porque você pecou, você é culpado! —, muitos dirão “Deus me livre!”

Fato é que o termo inferno está no imaginário popular como sendo um local físico e existente, o mundo de punições, aquele reservado aos maus. Foi muito ensinado pelas religiões que é “um lugar destinado ao castigo eterno as almas dos pecadores, por oposição ao céu’.

Credito que tal crença para chegar até nossos dias foi devido em grande parte ao ‘marketing’ da obra de Dante Alighieri: (“DIVINA COMÉDIA”, do século XV). Ao que tudo indica, essa obra (livro) serviu aos propósitos de proselitismo da religião dominante e como meio coercitivo desde aquele período obscuro da humanidade.

Vale destacar a maneira como aquele autor descreveu o “destino” das nossas almas —, segundo as nossas culpas —, nossos pecados —, é muito assustador. Mas, ainda hoje é apregoado por muitas religiões como o castigo numa pós vida. Com o devido respeito a fé de quem pensa assim —, DISCORDAMOS…

Embora, não gosto de discutir teologias aqui, reconheço o poder dramático que o “inferno” tem sobre nós, porque a simples ideia de condenação ao “inferno” tem o potencial para fazer muitos de nós (refletirem) sobre as nossas atitudes, ou, ao menos temer pelo possível e nefasto destino.

Porquanto, o inferno está bem mais perto de nós do que muitos imaginam. Para compreender melhor proponho que reflitamos sobre a metáfora “ir para o inferno” —, será que para realizar a “viagem ao inferno” é mesmo necessário morrer?

Quem nunca disse me sinto culpado por isso ou aquilo? —, quando nos sentimos assim a culpa nos toca de maneira profunda. Mexe com as nossas emoções e por certo atinge a nossa alma —, há indivíduos, que fazem coisas atrozes com si mesmos, por exemplo, no dia-a-dia sabemos de pessoas que dão cabo das próprias vidas tudo pelo sentimento de culpa.

Contudo, desde século XIX, com o surgimento dos estudos da psicanálise muitas das crendices milenares vem perdendo sentido desde então, por exemplo, dentre outras, sobre a culpa. É dito que a culpa “é um sentimento emocional que está intimamente relacionado ao remorso e ocorre quando uma pessoa acredita, ou percebe que comprometeu seus próprios padrões de conduta, ou ainda, deriva das violações dos padrões morais (universais), e que, em geral, tem responsabilidade significativa por essa violação”.

Penso que sentir culpa não é de todo mal, porque quando nos sentimos culpados demonstramos em primeiro lugar que temos empatia, podemos sentir a dor do outro. Significa, ainda, que de certo modo somos “normais”, isto é, só os psicopatas não sentem remorsos, culpas.

Viver constantemente se culpando por tudo é certamente uma patologia psíquica, uma doença da alma. Sou empirista por isso busco refletir sobre as experiências pessoais e/ou de pessoas próximas que viveram o limiar de seus infernos e algumas dessas até como finais trágicos.

Ademais, a culpa de fato nos leva ao inferno. Porém, não ao inferno de Dante! Ou, aquele das crenças milenares. A culpa, se trata antes de tudo, de um sentimento que nos corrói por dentro, ela nasce nas profundezas das nossas almas, mas, no fundo, derivam dos valores e das nossas crenças.

Por fim, a culpa pode ser compreendida através do autoconhecimento, identificando nossos próprios “demônios”, podendo ser enfrentados e vencidos, sendo que é uma luta que ocorre em nós mesmos. Para fazer isso, devemos começar nos perdoando e esquecendo ao invés de nos culpar. O inferno só pode existir dentro de cada um de nós, sendo uma espécie de prisão onde carcereiro é a nossa própria consciência.

REFLEXÃO: VOCÊ É LIVRE?

A liberdade é um ideal a ser conquistado! Mas na nossa “evolução” intelectual (educação familiar e formal), assimilamos somente à alguns aspectos do conceito de ser livre.

É fato, a nossa intelectualização é um misto de preparação e adequação que visa principalmente o convívio social, sobremaneira, para agirmos como seres “civilizados”. Porém, nesta condição, apenas conhecemos parte daquilo que a liberdade significa.

Ensinamentos esses que representam parte do todo. Em sentido estrito, é a independência dos pais, financeira, profissional e outras que decorrem das leis. Contudo, é fato que são apenas permissões e instruções para o convívio social harmônico e seguro, – Penso que não guardam relações com ser livre.

O que nos leva a reflexão…

Será que aquilo que a maioria de nós “entende” e aceita como liberdade, é de fato a liberdade em sentido amplo? —, um sonoro NÃO!

— Simplesmente porque essa “liberdade” diz respeito a nossa autodeterminação e a possibilidade de nos compreendermos ser cocriadores de mundos, — por óbvio, que tal pensamento por si só, para uma grande parcela de nós é uma novação, uma teoria improvável.

Contudo, penso ser necessário um despertar para autoconsciência, para compreender o que significa liberdade em sentido amplo —, porque ela, é dada proporcionalmente dado segundo o grau de discernimento.

Nesta reflexão não temos a pretensão de esgotar o tema, ou estabelecer qualquer juízo de valor. Vale a pena nos questionarmos e/ou ao menos, apontarmos o caminho das pedras para o entendimento, para o caminho do autoconhecimento.

Vamos pensar um pouco…

Se a consciência que temos de nós mesmos decorre exclusivamente daquilo que ensinam as religiões, ou os estudos formais, ou ainda, nossos pais?, — por certo que não, — porque tais conhecimentos são “padronizados”, “institucionalizados” e não nos possibilitam enxergar muito além do horizonte que a maioria de nós vê.

Contudo, existe uma questão que nos auxiliará imensamente nesta jornada rumo ao autoconhecimento, o conhecimento de nós mesmos. Para isso, proponhamos o seguinte: tente responder honestamente para si mesmo. Responda segundo o seu entendimento.

Trata-se de uma questão elementar, mas muito importante: (O QUE SOU?) —, contudo, se você pensa que tal questão é o mesmo (QUEM SOU?) — por certo, você deverá esquecer muito do que pensa que sabe, e acordar para conhecer a verdade, — e só então será livre. 

Por fim, uma grande parcela de nós, poderá até advogar que sabe o que significa ser livre, mas penso que não! Ser livre, é compreender O QUE somos: “somos espíritos imortais” e como tais, devemos atentar para os ensinamentos do Cristo (Jesus de Nazaré), que diz: “[…] em verdade vos digo, quem não nascer da água e do espírito, não pode ver o reino dos céus!”, — só um lembrete: o reino dele (do Cristo) em suas próprias palavras, disse: “meu reino não é deste mundo!”

REFLEXÃO: O FUNDO DO POÇO E A FELICIDADE

É preciso força de vontade para bater as portas do universo e questionar os porquês das coisas, que são como são em nossas vidas!

Pessoas determinadas, são todas aquelas que escolhem ver nas dificuldades e nos momentos de grandes aflições, como oportunidades. Esses indivíduos, enfrentam a voz interior até que essa se cale, mesmo insistindo ao dizer: “esse é o fundo do poço da sua vida!”

Nesta reflexão, vamos falar de possibilidades de vivermos as nossas realidades muito além do fundo do poço. E, como sempre fazemos aqui, tudo nos baseamos no empirismo, na experimentação. Vamos lá…

Indistintamente, são através dos momentos “difíceis” que o universo nos franqueia as oportunidades para nos questionarmos, a começar pelos nossos valores, crenças e modelos de comportamentos que assimilamos ao longo das nossas vidas.

Usando o silogismo, é correta a assertiva de que: o sol que traz luz e calor para aquele que sorri é a mesma estrela que permite iguais benefícios para aqueles que atentam contra a própria vida, os suicidas. 

Entretanto, se pensarmos um pouco é valida a assertiva acima, e dá até para expandi-la para todos os setores da vida, por exemplo, carreira, relacionamentos, vida em sociedade, etc. Alguém poderá até dizer “falar e fácil!” —, mas, discordamos.

Quem viveu experiências com vivências indesejáveis e passou por situações muito além das convencionais, corroboram os argumentos para advogar em sentido contrário. Só pelo empirismo tem-se tal compreensão das consequências das nossas escolhas, isto é, aqueles indivíduos que defrontaram seus maiores medos e os venceram apenas por encará-los como aprendizado, concordarão.

E a felicidade? —, de igual modo. Porque os momentos felizes nunca acontecem da mesma maneira e intensidade para todo mundo, há indivíduos que somente lamentam e fixam morada permanente no sombrio fundo do poço. Para esses, só lhes restam a infelicidade. 

A felicidade, porquanto, nos alcança sempre desde as consequências das nossas próprias escolhas e não necessariamente só das nossas ações, mas pela maneira pela qual contemplamos o nosso mundo. 

E, ao que tudo sugere, acontece invariavelmente sempre que escolhemos mudar a nossa percepção de mundo, por exemplo, o indivíduo que somos aparentemente continua o mesmo, mas a maneira pela qual olhamos para o mundo muda e, não mais o percebemos como antes.

Se observarmos atentamente, notaremos que a mudança ocorre no nosso interior (na nossa alma), isto é, uma nova visão de mundo que surge e ilumina todo o nosso ser, despertando a nossa psique para um novo e mais amplo horizonte.

Dentre outros aspectos, a mudança interior, guarda relação direta com os nossos desejos, sonhos e aspirações, porque agora eles se concentram mais em nossas próprias e reais expectativas, e não mais nas dos outros.

É por isso, que assim podemos superar toda sorte de dificuldades: privação, solidão e limitação, pois, não nos vemos mais “no fundo do poço”, isto é, aquela condição era apenas consequências momentâneas fruto das nossas escolhas.

Contudo, vale relembrar, que a felicidade real não existe como algo padronizado, como um necessário ter ou um dever estar, ou seja, algo verificável pelo: volume de dinheiro X, relacionamento amoroso Y, amigos abc, etc. —, foi isso que chamei de felicidade “ala-carte”. São apenas apegos de um entendimento estreito, aquele gerador de consequências ruins, portanto, de infelicidade.

Por fim, o “fundo do poço” assim como a felicidade são de certo modo uma mera questão de autopercepção interior da vida. Porém, é óbvio, que a felicidade e o fundo do poço não coexistem em nossa alma. Aliás, acreditemos ou não, todos somos seres portadores de uma alma imortal e que uma existência (a vida) é apenas o meio pelo qual acontece nosso aprendizado.

REFLEXÃO: DIFICULDADES x PROBLEMAS

Quem poderá dizer que nunca teve problemas? Quem ainda, poderá afirmar que resolver problemas seja tarefa simples? E, quem não gostaria de aprender como superar problemas?

Para nossa reflexão, convém antes, conceituar o que se entende por dificuldade. Segundo o dicionário, dificuldade é o mesmo que: apuros, complexidades, complicações, contrariedades, contratempos, hesitações, impedimentos, indecisões, obstáculos. —, são os mais diversos dilemas, dissabores que enfrentamos no dia-a-dia.

Nesta reflexão, vamos discorrer breve e objetivamente sobre o tema. Mas, é preciso estabelecer um escopo para o estudo: que terá foco no indivíduo, porque talvez seja nesta esfera que temos plena autoridade, isto é, no mundo das nossas escolhas.

E, ao tudo sugere os maiores problemas geradores de “dificuldades” do dia-a-dia, guardam relação direta com a maneira pela qual encaramos cada um desses dilemas, ou seja, onde colocamos o nosso foco para ataca-los.

Vamos pensar um pouco…

Se olharmos para os problemas e só enxergarmos as dificuldades trazidos por eles, isto é, observar somente as suas consequências, por certo não lograremos êxito para vencê-los. Mas, se, por outro lado, atacarmos os problemas em suas origens, especificamente nas suas causas, muito provavelmente eliminaremos por completo. 

Por fim, sobre problemas x dificuldades, devemos assimilar o seguinte: as melhores soluções para os problemas na vida são sempre as mais simples. E, é pelo caminho do autoconhecimento que podemos ir para dentro de nós (‘inside’) —, mergulhando cada vez mais fundo na toca do coelho –, por certo, encontraremos as melhores respostas para as nossas dificuldades, porque que afinal, tudo é uma questão de percepção e os monstros muitas das vezes só existem na nossa cabeça!

REFLEXÃO: A VIDA COMO A CONHECEMOS É APENAS UMA EXPERIÊNCIA?

Sobre as crianças, há algo que é consenso entre os adultos: desde tenra idade temos muita imaginação. Nessa fase da vida, podemos criar um mundo (utópico) onde a fantasia lúdica e a realidade adulta coexistem em harmonia e ao final do “era uma vez”, todos serão felizes para sempre.

Mas, será que isso é só coisa da cabeça de criança? —, atire a primeira pedra quem nunca quis voltar aquele tempo de infância: quando o mais elementar gesto do personagem de faz-de-conta era o suficiente para nos fazer rir e ter o contentamento que jamais veremos na fase adulta.

Na medida que nos tornamos adultos e somos aculturados, programados para “enfrentar” uma implacável “realidade”, que nos presenteia frequentemente com toda sorte de “mazelas” —, segundo os valores que nós mesmos atribuímos as intempéries, que são afinal, frutos das nossas próprias escolhas. Mas, que tais (problemas) nos fazem distanciar cada vez mais daqueles momentos de plenitude dos sonhos infantis e que agora se tornaram utópicos.

Nesta reflexão, gostaria de propor: se a vida como a percebemos não passasse de uma mera experimentação e não terminasse com a morte? E, se a verdade sobre a nossa existência estiver mais próxima daquilo que criamos/imaginamos na infância?

Julgo que a toda pessoa que parou e fez autoanalise (autocrítica) —, por meio do autoconhecimento —, pode constatar que deveria se ater a outras questões, por exemplo: será que viemos a esse mundo com uma missão? —, particularmente nunca me senti totalmente à vontade com minhas realizações como membro da comunidade humana —, seja pelas minhas vaidades bobas, devaneios e caprichos.

Fato é, quantos de nós se dedicam, por exemplo, aos trabalhos voluntários (ajudar outrem) apenas para ser útil e sem objetivos egoícos: (autopromoção ou reconhecimento).

Será que estamos fazendo a nossa sua parte nessa existência, nesta vida? O quanto é necessário fazer para cumprir com a nossa utilidade? Será que você está fazendo tudo que poderia fazer para ajudar a humanidade?

Por fim, se considerarmos levar a sério a nossa felicidade e a do outro —, como aconteciam em nossas brincadeiras infantis: em geral, menos egoístas. Talvez assim, a felicidade se faça mais presente em nosso dia-a-dia. Com isso, perceberemos que a nossa na existência na terra é apenas uma experimentação que visa contemplar parte da evolução da nossa alma imortal.

REFLEXÃO: AS FACETAS DO AMOR

“Eu te amo!”… — quantas vezes ouvimos e falamos essas três famosas palavras?

Se pensarmos um pouco, podemos afirmar ser quase impossível alguém ter chegado à vida adulta sem tem ouvido milhares de vezes (eu te amo) e, embora tal assertiva, represente o mais nobre dos sentimentos humanos —, por que há tantos desencontros entre o que é dito e seus efeitos práticos?

Vamos pensar um pouco… Desde à antiguidade muito já foi falado acerca do amor, que vale destacar alguns pontos que julgo serem os melhores para servir de paradigma:

No período do apogeu da filosofia ocidental, na Grécia antiga, vários pensadores se debruçaram sobre o tema (amor). Dentre aqueles, o meu favorito é Aristóteles (século IV a.C.), ele disse: “o amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição“, dizia ainda: “ama-se mais o que se conquistou com esforço” e arrematou que “o amor é o estado em que melhor as pessoas vêm as coisas como realmente elas são.”  

Vivo na América latina (de maioria cristã) e não posso deixar de fora dessa lista curta, os ensinamentos do maior ícone do empirismo sobre o amor: Yeshua Ben Yosef (Jesus, o Cristo, século I): “O amor é paciente, o amor é bondoso: não inveja, não se vangloria, não se orgulha, não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade”.

Contudo, os mais antigos textos que tive oportunidade de conhecer sobre o amor, foram os ensinamentos de Sidarta Gautama (o Buda, século V a.C.), dizia ele, que “o amor é uma mistura sutil e maravilhosa de alegria e de compaixão” —, devemos considerar que este enfoque espiritual exalta em simultâneo, a necessidade de não estarmos “agarrados” a nada e a ninguém.  — porém, o “desapego” é parte dessa liberdade essencial da alma humana que nos permitirá fluir e avançar na roda da vida e em cada um dos ciclos de sua alma —, por (desapego) não devemos entender não poder estar junto de quem amamos.

Após rememorarmos as lições daqueles seres iluminados, voltamos para a nossa humilde reflexão baseada no empirismo do século XXI. Aliás, é o que sempre nos propusemos a perseguir: (falar e fazer) —, tudo sob a óptica do autoconhecimento, daquilo que qualquer mortal poderá experimentar.  

Penso, sobre as facetas do amor, que só podem ser satisfatoriamente plenas para cada um na exata medida do seu entendimento. Sobretudo, dado ao nosso alcance numa existência neste plano (como humano), ou seja, a maneira como você se concebe e se percebe no mundo, seja consigo mesmo e com as demais pessoas. Isso, diz muito sobre a qualidade do que compreende por amor —, por óbvio, sendo desnecessário falar sobre ego.  

Contudo, é fato que milhões de pessoas vivem às voltas com os dilemas no “amor” e, constantemente se frustrando, se desencantando. Tal assertiva, extraio de inúmeras expressões populares que descreverem seus percalços com o “amor”: (coração partido, magoado, ferido por dentro, “sofrência”, dor-de-cotovelo, etc.) — são tantas as designações, que não me atrevo continuar por absoluta irrelevância.  

As pessoas geralmente não compreendem o alcance de um “eu te amo” e, não há nada que se possa fazer quanto a isso, porque existe muita confusão entre o ser e o ter, pois, se entrelaçam gerando sentimentos antagônicos: (posse, desejo, paixão, controle). Porquanto, é verdade que cada um só pode entregar ou externar, segundo o seu entendimento.

Por fim, sobre às três famosas palavras do tema, reflitamos! —, por certo, ao interpretá-las o faremos segundo o discernimento de quem as pronunciam ou de quem as ouvem. Fato, que nem sempre um “eu te amo” tem o mesmo significado universalmente: (dê a cada um segundo o seu entendimento). Porém, não nos esqueçamos que enquanto seres humanos: somos um universo em miniatura (somos um microcosmos), e como tal, existem inúmeros outros mundos que orbitam o nosso mundo.

REFLEXÃO: LIVRE ARBÍTRIO, O QUE PODEMOS ESCOLHER?

Há muitas coisas que ocorrem no dia-a-dia que parece que estamos perdendo o controle de tudo. Mas, será verdade que nos é permitido escolher?  Será mesmo que temos o controle, que os resultados das nossas ações são todas baseadas no nosso livre arbítrio?

 Vamos refletir um pouco sobre o nosso livre arbítrio e o egoísmo.

Inicialmente, é fato que não podemos nos ater aos nossos caprichos e vaidades, porque ao que tudo indica, as coisas são como são, é o que é, parafraseando o poderoso chefão. Entretanto, alguém poderá até advogar que tudo é uma questão de determinismo, — eu não sei, – pode até ser…

Mas, fato é, também, que quanto mais pensamos que temos o controle de tudo, quanto mais agimos como atitudes egoístas: (eu, eu, eu, —eu acho, —eu quero, —eu tenho) mais as circunstâncias nos revelam que estamos errados.

O egoísmo é uma expressão que por si só denota muita subjetividade e, ao que tudo sugere, o nosso subjetivismo tenta suplantar a ordem do universo e suas leis implacáveis! — por vezes, até pensamos que o mundo gira em torno do nosso umbigo —, por assim dizer.

Como ocorreu no passado até na idade média, é possível verificar que ainda ocorre hoje: sabemos pela história que naquele tempo, que as mentes “pensantes”: (intelectuais e autoridades eclesiásticas) diziam sobre à terra ser o centro do universo e tudo mais. Embora hoje, superamos a falta de conhecimento do cosmos, mas, por outro lado, nos tornamos egocentristas: pensamos ser como à terra daquele tempo: o centro do universo.

“Aqui e agora”, —parafraseando Ian Mecler —, com olhar no presente. Podemos aferir que desde que saímos das cavernas e vagueamos pelas savanas do continente africano, como catador e coletores, evoluímos muito. No século passado, por exemplo, mandamos as primeiras pessoas para ao espaço e pousaram na lua, mas, o nosso ego cresceu enormemente.

Embora, ninguém consegue viver sem ter ego, porque ele faz parte da nossa essência, é a manifestação daquilo que nosso torna indivíduos. E, essa individuação, é que permite seremos autônomos. Contudo, essa autonomia, no quesito das nossas vontades, está intrinsecamente conectada com tudo, mas não é absoluta.

Alguém, poderá até dizer que tem autonomia, livre arbítrio: (eu escolho x ou y). Mas, ocorre que as nossas escolhas não absolutas ou só são apenas, pela maneira que enxergamos o mundo circundante. Isto é, a nossa capacidade de escolha só é perfeita na maneira que enxergamos o que é externo. Mas, o mundo que se manifesta para nós deriva da resposta da lei de causa e efeito, portanto, fogem do arbítrio privado, do nosso livre arbítrio.

Por fim, quando se diz: eu perdi, eu deixei, eu, eu… —, quando mais se utilizar desse pronome possessivo para explicar suas escolhas, isso só demostrará o quanto está longe da iluminação. Na verdade, agindo assim, é fato que você dorme ou vive como prisioneiro do mito da caverna de Platão.  Ao passo, que o despertar para a verdade primeira (a liberdade), pressupõe, o autoconhecimento, o conhecimento de si mesmo e, é isso, que o tornará indivíduo pleno para compreender e se desenvolver, existir plenamente.

REFLEXÃO: PAZ, QUAL O CAMINHO PARA CONHECÊ-LA?

Quem nunca pensou dessa maneira, para ter paz preciso: (sair, esquecer tudo e relaxar; deixar meu trabalho; evitar falar com pessoas; ficar em silêncio, etc.), entretanto, todos temos compromissos com a própria sobrevivência e em simultâneo vivemos em sociedade.

Então! Como é possível pôr em prática tal assertiva: conquistar e ter habitualidade com a paz? —, ter a paz de verdade.

Fato é, que a paz não deve estar desassociada do centro dos nossos pensamentos e, nunca, precisa ser apenas um mero desejar. Embora, a paz, nos ocorra em momentos extraordinários, mas julgo que a todos é possível conhecê-la e conviver com ela. Tudo é uma questão de hábito.

Nesta reflexão, gostaria de falar da paz de fato, daquela paz que te transporta para um mundo novo, para sensações sublimes e mesmo que esteja com os dois pés do dia-a-dia, te permite senti-lá com sua alma e experimentá-la com todo seu ser.

Já faz algum tempo que me debrucei no propósito de encontrar a paz, mas, acreditem, nada tem a ver com o local que esteja ou a companhia que lhe acalente. Antes, porém, para encontrar a paz não momentânea, tudo depende de um processo de autopercepção, de uma escolha que nasça em seu ser a partir do autoconhecimento.

Existem pessoas que escolhem locais nos quais “sentirão paz”, por exemplo, alguns dizem: vou subir uma montanha e meditar ou passarei um final de semana num retiro “espiritual”. Outras, ainda, dizem necessitar de longos momentos de solidão para sentir-se em paz. Fato que é que tais pessoas, não conheceram a paz verdadeira, porque essa, te acompanha em todos os momentos e em quaisquer locais que se encontre.

Por fim, o caminho para conhecer a paz pode até levar algum tempo, mas quando você descobrir, perceberá que tudo do que precisa para experienciar momentos transformadores, momentos de paz é estar integralmente consigo. O local pouco importa, seja: (no trabalho, na sua cama, ouvindo uma canção, cozinhando, etc.). Você só precisa silenciar seus pensamentos e respirar. Sem dúvida, é uma experiência libertadora, experimente. Apenas respire, o ar é tudo que você vai precisar e se descobrirá grato por tudo, pelo existir.

REFLEXÃO: A BONDADE, O QUE VOCÊ FEZ PELO OUTRO HOJE?

Desde ontem algo me perturbou. Me questionei acerca do significado da prática da bondade. Hoje, no entanto, busquei o dicionário para entender o significado: “bondade é a qualidade de quem tem alma nobre e generosa e é naturalmente inclinado a fazer o bem; benevolência, benignidade, magnanimidade”, entretanto, isso não respondeu meus questionamentos acerca do termo, na prática.

Então, como sempre faço aqui, proponho refletir um pouco sobre o que é a bondade: será que estamos de fato praticando a bondade ou apenas simulando aquilo aparentemente bom? — Penso que bondade vai muito além da mera ideia de nobreza da alma. Como empirista que sou, busco o entendimento a partir da prática. Vamos lá…

Apenas pelo ato de concordar, “apoiando”, os desejos e as expectativas de outrem, nem sempre isso significa um ato de bondade. Mas vamos consultar os universitários para compreender.

Aprendemos com os clássicos da filosofia ocidental, os gregos do (século IV.a.C.), por exemplo, para Aristóteles a bondade é “ajuda a alguém necessitado, não em troca de nada, nem da vantagem do próprio ajudante, mas em prol da pessoa ajudada“,

Depois com os ensinamentos do cristianismo, do primeiro século da nossa era, o mestre Jesus nos legou os maiores exemplos de bondade que é muito apregoado a séculos. E, pelos  escritos de Paulo de Tarso na carta aos Gálatas, destacamos: “... o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” —, Paulo sem dúvida, é meu ator favorito, sobretudo, me identifico com suas narrativas e com seu empirismo já daqueles tempos.

Por derradeiro, na filosofia prática da Profª. Lúcia Helena, ensina que: “o verdadeiro bondoso é aquele que empurra o outro em direção ao seu crescimento e aperfeiçoamento com ser humano, ainda que não sejamos reconhecidos pelo outro, ou seja, a prática do bem deixa um rastro pelo mundo por onde você passa —, resume bem a verdadeira bondade na contemporaneidade.

Será, portanto, que praticamos de fato atos “bondosos?” ou apenas atendemos os desejos e expectativas de pessoas que ainda dormem na caverna da ignorância, decorrência imediata daquela condição. Ao passo que, se lhes déssemos o que realmente seria o bom para elas, muito além das meras necessidades imediatas que nos pedem? — porque é muito comum essa nossa “bondade” se torne apenas um ato demagogo.

Por fim, há muito tempo que as mensagens de amor, benevolência e bondade vem se tornando meros temas para produção de espetáculo midiático, por exemplo, nas redes sociais, mas quanto, na prática, e eficiência nada acrescentam para os “beneficiados”. Reflitamos, então em nossos atos de “bondade”, nos questionando como naquele ditado popular: “deveríamos ensinar as pessoas pescarem ao lhe fornecer os peixes?”

REFLEXÃO: A ORIGEM DAS NOSSAS DECEPÇÕES E FRUSTRAÇÕES


Quem dentre nós, gostaria de não ter decepções? Quantos de nós, vivem longas relações com frustrações por expectativas vãs? O que há por trás das maiores frustrações?

Temos aqui, uma questão de um milhão dólar: será que existe uma maneira de evitar ou lidar com frustrações, para que elas não afetem tanto? —, digo mais que isso: — penso que como somos cocriadores de realidades poderíamos viver em um mundo novo a cada dia, onde, as adversidades não causariam tantas aflições na alma, porque faríamos ajustes desde as pequenas atitudes.

Nesta reflexão, gostaria que relembrar o seguinte: sempre existe escolhas, ou seja, um jeito só nosso de fazer as coisas. Tomamos por paradigma o seguinte: duas pessoas fisicamente e socialmente parecidas observando um pôr do sol, e elas externam tudo aquilo que lhes vem da alma. A primeira pessoa diz: olha que natureza maravilhosa, sou grato diariamente por estar viva para apreciar tamanha beleza! A outra, no entanto, que está ao lado da primeira e sob mesmo ângulo de observação do poente, arremata: que saco, mais um dia que termina e meus problemas continuam para amanhã.

Já disse em mais de uma oportunidade aqui no Blog, que sou empirista e racionalista: acredito na experimentação com observância da lógica, em primeiro lugar. Portanto, tudo que analisamos faz parte das vivências práticas que nasceram de escolhas livres e conscientes.

A questão de um milhão de dólares é respondida prontamente por todo aquele indivíduo que mergulhou dentro de si e despertou para o autoconhecimento. Sobretudo, ao agir com honestidade consigo e nunca culpando outrem por suas frustrações, por certo, esse perceberá que a maneira pela qual você vê o mundo depende só de si mesmo.

Portanto, a regra número um para evitarmos decepções, desilusões e frustrações, é nos tornando cada dia mais consciente das nossas escolhas, porque elas, são semelhantes às sementes lançadas num campo da vida e, se os frutos forem bons ou não, dependerá só de nós mesmos. Inclusive, não esqueçamos que as sementes são as nossas intenções e o solo os destinatários delas.

REFLEXÃO: A ORIGEM DO SOFRIMENTO DA ALMA

Há mais de uma década que vi um filme com título no Brasil (Efeito Borboleta). Em tese, a trama cinematográfica trata de analisar a ordem de dado sistema que evolui a depender da sua situação inicial, isto é, como na metáfora “uma borboleta bate as asas na China e um terremoto ocorre na América do Norte”.

Nesta reflexão, convido-os a pensar um pouco sobre a origem das nossas aflições de modo geral. Óbvio, que não tenho a pretensão de esgotar o tema tão somente trazer alento ao constatarmos que nada ocorre por mero acaso.

Existem manhãs, geralmente, quando se inicia uma nova semana e vem a nossa mente todas nossas pendências, aquilo, que deveríamos resolver, mas procrastinamos. Soma-se isso, os problemas triviais de qualquer dia-a-dia: contas, compromissos, etc. Agora, com tudo isso na cabeça, esperamos que num instante uma solução mágica nos faça resolver (desaparecer) os problemas, mas isso, nunca ocorre dessa maneira para ninguém.

Então, o que ocorre certamente é que o nosso humor se altera e a frustração evolui para um estado de aflição. Que, a depender do seu grau de discernimento, culminará em desespero que tomará conta do seu interior e o sofrimento alcança à alma. A partir desse ponto, o caos se instala naquele que seria mais um comum e belo dia de sol.

Por conta disso, tudo que fizermos a seguir: escolhas e ações, são contaminados pelo nosso desequilíbrio interior (emocional), ausência de paz de espírito. Julgo que raras são as pessoas que conseguem se manter serenas e produtivas nesses momentos.

Porquanto, o sofrimento, como saberemos suas origens? — a resposta, por óbvio, confesso, é muita subjetiva  —, mas existe algo que podemos fazer para evitar que o sofrimento estrague o seu dia por completo.

Como sempre fazemos aqui no neste Blog, buscamos compreender o mundo que nos cerca a partir da compreensão de si mesmo, pelo autoconhecimento.  — Como assim? —  com algo relativamente simples, como todas as melhores soluções nesta vida, porém, nem sempre é fácil para implementarmos, isso porque, tudo depende do quanto você consegue ser honesto consigo.

Por fim, as angústias que nos afligem hoje, invariavelmente, decorrem do fato de que não aceitamos o ônus daquilo que lhes deram origem. Visto que, jamais paramos para analisar como foi que tal evento/situação evoluiu até esse momento, no presente. A parte simples dessa questão, deriva daquilo que é incontestável: foram sempre a partir das nossas escolhas e omissões, que lhes deram causa.

REFLEXÃO: APEGOS CAUSAM STRESS E ADOECEM A ALMA

Que saco! Logo hoje tinha que acontecer isso? Não aguento tanta coisa, poxa! Hoje é uma segunda-feira mais uma semana daquelas! Porque esses problemas sempre acontecem comigo? Não tempo mais tempo para nada!

Quem nunca, ouviu algo assim? Ou se expressou dessa maneira? —, fato é que no seio do lar, nas dependências domesticas, para muitos de nós, uma mera rotina do dia-a-dia é fonte de interminável ‘stress’!

O nosso lar, teoricamente é o “mais sagrado dos sagrados” —, parafraseando a cultura dos hindus, porque é ali, onde passamos a maior parte dos nossos dias, também, é o onde fica o cerne das nossas vidas: (afetos, abrigo, segurança, alimento, higiene, etc.). Inclusive, dada a sua importância prática, é o local onde deveríamos repor as energias após mais um dia de trabalho.

Mas, ao invés disso, o que constatei —, ouvindo lamentos de clientes e conhecidos —, dando conta de que o ambiente domestico é para uma grande parcela de nós, o local de externar irritações que acabam por gerar muito ‘stress’. Talvez, não seja sem razão, que as estatísticas denunciem um grande número de atritos conjugais (separações) por culpa do “clima” desse ambiente. Contudo, a nossa morada é onde deveríamos descansar e relaxar! —, e, por que isso ocorre?

Ademais, não acredito nessa ‘vibe’ de sair de casa para “desestressar” —, visto que, a melhor atitude seria atacar a fonte do ‘stress’! 

Nesta reflexão, convido-os a pensar um pouco: o que realmente nos tira do sério e nos causam ‘stress’ quando estamos em casa? — Por certo, a resposta de alguns de nós, será uma lista de afazeres domésticos, as quais, exigem atenção e trabalho, por exemplo, cuidados com ‘pets’, plantas, organizar a cozinha gourmet, carro que precisa de ser limpo, o ‘closet’ para organizar, etc. é isso que afeta nosso humor e/ou nossa disposição.  

E, a dita lista de ocupações de casa, por vezes se torna interminável e complexa na medida dos nossos apegos e, hábitos bobos que insistimos ter e praticar.  Vejo pessoas que se sentem inquietas e tensas, se perderem a hora de assistir um dado programa na tv: jornal, novelas, etc. — penso que é um absurdo, mas pessoas tem ‘stress’ por isso! Mas, por que é que as pessoas têm hobby ou pets?  

Conheço pessoas que não podem sequer fazer suas viagens dos sonhos, por exemplo, porque não tem onde deixar os pets, ou, alguém que para “cuidar” das suas plantas na sua ausência. Numa linguagem popular: “isso é o fim da picada” para espécie humana.  Deixamos de ser para possuir e consequentemente estamos nos tornando posse dos nossos apegos.

Então! De que adianta tal evolução (do ser)? Que tanto apregoam para “viver no reino dos céus” se a cada dia nos tornamos mais e mais apegados a tantas coisas menores, ao invés de nos voltarmos para o que realmente é importante, aquilo que em nós é sublime: a evolução da nossa alma imortal, mas pelo contrário, estamos cada vez nos enchendo de pequenas atividades só produzem mais ‘stress’.

Sabemos que o ‘stress’ e ansiedade, caminham de mãos dadas, causando uma infinidade de males ao corpo e afetam substancialmente as nossas emoções.  São, portanto, os nossos apegos causadores de muito ‘stress’ que resultam nas dores da alma. 

Há muito tempo foi dito: “a boca só fala aquilo que o coração está transbordado”. E, se as emoções estão sempre a flor da pele, por certo, a alma estará aflita e sem paz.

Por conta disso, penso que deveríamos rever nossos apegos: hobbys, manias, pets, plantas, tv, boteco, futebol, etc. e concentrar as nossas energias, por exemplo, no autoconhecimento, refletindo e meditando: “observando a grama crescer”.  

Por fim, quando simplificamos nossas vidas, deixando tudo que não for essencial e, viveremos mais plenamente os momentos de descanso em nossos lares. E, se passássemos mais tempo a sós conosco, sem ter uma lista enorme de atividades secundarias domesticas dispensáveis, por certo que iriamos proporcionar um grande bem para a nossa alma imortal, a paz.

REFLEXÃO: SAÚDE MENTAL É SINÔNIMO DE BONS HÁBITOS

Desde que temos noticiais na vida em sociedade existe um hábito absolutamente inaceitável para qualquer época e cultura, mas, é muito comum em nossos dias, século XXI, o mau hábito de RECLAMAR de tudo.  

Há em algumas sociedades modernas, só por curiosidade, na Inglaterra, por exemplo, o ato de reclamar é uma instituição nacional, os ingleses reclamam do serviço público, das condições do clima, etc. não é sem razão que é dos países com o maior número de veículos de mídia sensacionalista de todo mundo. Entretanto, fato é, que o hábito de reclamar não está restrito a dada cultura de determinada sociedade, trata-se de um fenômeno mundial.

Mas por que agimos dessa forma, reclamando daquilo que é externo de nós? — Nesta breve reflexão, gostaríamos de pensar um pouco sobre (hábito de reclamar).

Estamos perseguindo nosso objetivo primordial do ‘blog’, sendo esse, o autoconhecimento, o conhecimento de si. Para tanto, devemos manter a mente aberta e observar desde as pequenas ‘nuances’ do comportamento humano em todos seus aspectos e ambientes.

No que tange a nossa busca, devemos olhar primeiramente para nossa própria vida, para nosso comportamento. Seja em qualquer esfera: no seio da família, da sociedade, mas principalmente como agimos com relação a nós mesmos, na maneira que discernimos e fazemos escolhas.

E, se ao invés de criticar e só reclamar, começássemos ao menos tentar fazer algo a respeito?

Sabemos que qualquer grande jornada que empreendermos sempre começa com o famoso primeiro passo. Então, vamos começar como naquele ditado popular: “começar com o pé direito”, nos policiando em nosso modo de agir e, antes, que expressemos qualquer juízo de valor sobre aquilo que não concordamos, — e de que maneira faremos isso? — Procurando corrigir o que julgamos estar errado e fazer a nossa parte.

Estamos vivemos no limiar da era da informação e do conhecimento, então! Por que não começamos a partir desse ponto? — Utilizando melhor a diversidade de dados e os meios existentes sobre tudo: higiene, saúde, segurança, direito, respeito a privacidade alheia, etc., enfim, sobretudo, aquilo que diz respeito à dignidade humana para todos, indistintamente.

Há sempre algo que poderemos fazer a respeito, muito além de apenas só reclamar. Comecemos pelas pequenas coisas: se, por exemplo, ao depararmos com papéis no chão ao invés de estar no cesto de lixo, catamos e os colocamos na lixeira.

E, isso se aplica a tudo. Num estacionamento de supermercado, por exemplo, não é porque a outra pessoa estacionou o veículo de maneira irregular que você vai reclamar, — procure estacionar o seu carro corretamente. Ao ouvir alguém maldisser uma pessoa sem a presença da própria, é melhor dizer que não está interessado no assunto, — desestimule fofocas a todo custo.

Não propague (fake news), não busque por leituras de notícias sensacionalistas, e oriente a pessoa que lhe propor tal empreitada, lembrando-a que só criticar não resolve. Sempre que notar alguém precisando de ajuda, ajude, sem interesse ou, só porque a sua religião pensa que assim vais para o “reino dos céus”.

Por fim, faça tudo porque é o correto a fazer, isso ao menos demonstrará que você tem boa saúde mental.

REFLEXÃO: FELICIDADE, O AMOR E A PSIQUE

Atire a primeira pedra quem nunca se sentiu infeliz por não ter conquistado dado ideal dos sonhos?  —, fato é que muitas vezes nos sentimos dessa ou daquela maneira, como se fossemos as vítimas das circunstâncias. Mas, será que tal sentimento (infelicidade) não é causado por questão de percepção da psique imatura? — Vamos refletir um pouco conhecendo a minha versão do mito da Psique e Eros.

Conta um mito grego, que a psique era uma princesa e tinha duas irmãs. A jovem princesa (psique) era muito bonita, infinitamente a mais bela que suas duas irmãs. Tanto era a formosura da psique, que os seus pretendentes ao contemplar tamanha perfeição e beleza não tinham coragem para pedir em casamento, isso porquê, imaginavam que só poderia ser uma maldição da deusa Afrodite.

As irmãs da psique se casaram e tiveram filhos, mas a bela psique embora cortejada não conseguia um único pedido de casamento. O tempo passou, e os pais da psique preocupados com a solteirice da princesa, procuraram o oráculo para saber o que fazer sobre a felicidade da filha.

A voz do oráculo lhes disse: a sua filha, a bela psique, deve se vestir de noiva e ser abandonada no alto de um rochedo solitário, onde um monstro iria buscá-la. Os pais da psique tristes e desolados, mas cumpriram a determinação do oráculo.

Tomada por grande medo, a psique ficou ali no rochedo esperando por ser destino, até que em dado momento um vento a levou para o alto, para além das nuvens, e a deixou diante do portão de um magnífico castelo.

Psique ouvia no castelo uma voz sedutora que a convidava para entrar, com pouca resistência a psique acabou aceitando e entrou. Tudo ali era maravilhoso, a psique nunca viu nada igual, que percebia sequer o tempo, estava encantada.

Anoiteceu, e a psique foi levada para um belo quarto e adormeceu. Quando despertou ainda estava escuro, percebeu haver alguém ao seu lado, mas antes que ela pudesse falar algo ouviu uma voz envolvente, que disse: “sou seu amado e que nada de mal vai lhe acontecer, mas, só tem uma condição: você nunca deve o ver o meu rosto, senão desaparecerei”.

O tempo passou e toda noite aquele estranho e encantador amante vinha a sua cama e a fazia muito feliz. A psique aceitou aquela condição do seu amado, — pensou: “com certeza meu amado não deve ser um monstro”. A psique se sentia muito feliz, porque se sentia completa: amada e tinha uma companhia encantadora. Não dava mais importância para o fato de não poder conhecer totalmente a face do seu amor.

Certo dia, cheia de alegria, a psique recordou dos pais e das irmãs e, falou para seu amado que desejava visitar sua família. Ele prontamente atendeu, mandou um vento que a levou ao encontro da família: suas irmãs e os filhos delas, todos ficaram felizes por saber da felicidade da psique.

Então, a psique, lhes contou tudo aquilo que havia lhe ocorrido desde o dia que fora deixada por seus pais na beira do rochedo. Mas, suas irmãs insistiam muito pelo fato de que a psique nunca vira o rosto do amado, tanto foram os comentários e insinuações das irmãs, que a psique teve dúvidas das próprias convicções e foi tomada pela curiosidade.

Quando retornou para o seu castelo, a psique estava cheia de dúvidas e curiosidades, — será, que o seu amado era um mostro, como sugeriram suas irmãs?

Certa noite enquanto o amado dormia a psique acendeu a lamparina para ver seu rosto, tão grande foi seu espanto ao perceber ser a criatura mais bela que havia visto, mas ao chegar mais perto, uma gota de óleo do lampião caiu no ombro do amado e ele despertou, em poucos instantes, desapareceu da sua vida.

Apaixonada e inconsolada pelo sumiço do amado, a psique procurou por ele em todos os lugares, mas não encontrava. Desesperada buscou falar com a deusa Afrodite, e rogou-a para lhe ajudar encontrar seu amor.

A deusa lhe deu muitas tarefas, cada nova missão era mais difícil que a anterior. Mas, a psique continuava obstinada, na busca incansavelmente pelo seu amado.

Certa feita, Afrodite lhe pediu para fosse ao inferno e trazer-lhe uma poção mágica. A psique suportou todas as dores e aflições infernais e que quando retornou, decidiu que se bebesse aquela poção que Afrodite lhe pedira, por certo, poderia achar o seu amado.

Mas, quando a psique desesperada bebeu a poção mágica e caiu num sono profundo, porque, na verdade, aquela era uma vingança da deusa Afrodite pôr a psique ter se relacionado com o seu filho Eros. Era inconcebível que uma reles mortal como a psique, pudesse conviver com Eros, um deus.   

Contudo, Eros que observava todo o sofrimento da psique, e tomado por imensa compaixão, rogou para sua mãe Afrodite que lhes perdoasse, e pediu, também, a Zeus que lhes permitisse conviver com a psique.  Zeus aceitou os argumentos do filho de Afrodite, e lhes disse: “Eros você pode acordar a psique com um beijo apaixonado”. Assim, a psique pode conhecer seu amor face-a-face.

Por fim, penso que ninguém está condenado a viver sem conhecer o amor. Com licença “poética” adaptamos esse belo mito antigo, para demonstrar que cada um, a depender do seu grau de maturidade poderá até dormir para sempre, sem conhecer o amor, porque a imaturidade da psique é que torna o caminho da felicidade mais difícil.

CAMINHO DAS PEDRAS: O QUE SIGNIFICA IR PARA DENTRO DE SI

Caros leitores, a partir do mês (março/2021) notei que o ‘blog’ teve um fenômeno de público, sobremaneira, o que ocorreu nas estatísticas de acesso: uma mudança geográfica. Tive a feliz satisfação de que, além do aumento do número de leitores da Europa, em especial da terra dos meus ancestrais (Alemanha), assim como, ocorreu dos (Estados Unidos). Fato que, em todos esses países houve crescimento exponencial superando até os acessos nacionais (do Brasil).

A despeito do conteúdo, abordo temas pertinentes a jornada do autoconhecimento. Procurando expor meus questionamentos, em textos de até (350) palavras. Embora, por vezes, me alongo demais. Mas, desejo perseguir tal meta e cada vez mais ser conciso ao transmitir minhas experiências nesta viagem extraordinária rumo a introspecção, ao conhecimento de interior.

Essa mídia, me oportunizou relatar o autodesvendamento quase diário durante os últimos três anos. Por isso, sou muito grato aos leitores: (Alemães, Norte Americanos e Brasileiros), e fico igualmente feliz, por exemplo, ao verificar leitores da distante Finlândia, Dinamarca, África do Sul e China. Sobretudo, considerando que vivo no portal da Amazônia ocidental brasileira.

 — Gostaria de cumprimentar a todos os leitores e dizer da minha gratidão pelo acesso ao nosso ‘blog’ (inSide, IrParaDentro), o meu muito obrigado! 

Nesta oportunidade, quero relatar, também, que desde que empreendi nesta jornada (autoconhecimento) constatei algo que julgo ser fundamental: que se deve manter a mente sempre aberta e evitar seguir unicamente gurus e doutrinas/religiões, porque só são importantes na medida que dependa o seu discernimento. Porém, dada a óbvia evolução, você acaba por assumir responsabilidade de crescer através da introspecção, aplicando os saberes adquiridos e (validados) no seu cotidiano. Portanto, isentos de culpas ou pecados, julgamentos ou condenações, apenas, com a honestidade intelectual e moral própria, buscando sempre pelo divino que há si.

Uma boa analogia para esclarecer como acontece o processo do (autoconhecimento), por exemplo, é como aprender andar de bicicleta, que em dado tempo você pode “retirar as rodinhas que lhes mantém, e se equilibra por si só”, eis, portanto, como é empreender a jornada para dentro de si, pelo autoconhecimento.

Por fim, IR PARA DENTRO DE SI, SIGNIFICA: introspecção, autoanalise, sobremaneira, buscando por discernimento em tudo o que fizeres, questionando as “verdades”, mantendo a mente aberta e o coração com desejoso de entendimento, principalmente, ao se auto questionar sempre. Enfim, é dentro de si que ocorre a percepção da existência, e é através de tal processo, que a evolução acontece: desde o seu interior rumo a compreensão do todo.

REFLEXÃO: A VERDADE PARECE FÁCIL, MAS COMPREENDE-LA NÃO É SIMPLES

Partindo da assertiva ancestral (uma verdade primeira): tudo que existe no universo foi (criação), obra de uma inteligência superior, ideia amplamente aceita pelo mundo afora. Tanto é, que muitas culturas ao redor do planeta a chamam de divindade (inteligência essencial). O todo por trás da existência universal. Seja como for, o homem há séculos vem atribuído nomes, designações, conceitos e explicações para tal poder primordial, mas, isso pouco importa.

Relembro aos leitores, que o meu objetivo, nestes breves textos, é refletir mantendo um viés empírico e racional, por isso, nunca conjecturo ou pretendo esgotar quaisquer temas, apenas busco uma melhor compreensão, procurando expandir a consciência continuamente.

Nesta reflexão, analisamos que SIGNIFICA dizer que nós seres humanos existimos como parte do todo. É fato cientificamente aceito: “toda matéria conhecida é composta de átomos”, logo, tudo é energia, que ora “se comporta com onda, ora como partícula, a depender do observador”. — Somos gratos pela grande contribuição dos estudos científicos, em que se extrai: “somos apenas energia e frequência”. Assim sendo, o conceito de tempo e espaço por certo é uma concepção humana dada ao nosso grau de compreensão do que seja o todo.

Então, até onde sabemos, todas as coisas vieram de única fonte: somos parte dessa energia primordial, que tudo provem, desde um grão de areia até os enormes aglomerados de galáxias. Eis, o (xis) da questão, — e se assim o é, poderíamos dizer que a inteligência criadora coexiste em nós! — Já que está em tudo.  

Somos como diz na astronomia “poeira das estrelas”, e isso, pode até parecer perturbador para muitos, mas pelo contrário, é muito reconfortante, sobretudo, a despeito de tudo que você compreenda significar. É fato que existe em nós uma inteligência latente oriunda de tal força criadora, porquanto, isso explicaria, por exemplo, porque estamos em constante evolução (sociedade, tecnologia, autoconhecimento, etc.). Tomamos por paradigma, a resposta de uma criança de cinco anos (sobre o que é o sol), percebemos ser relativa ao seu discernimento, e ponto.

Por fim, sendo o que somos, é razoável aceitar a expressão de “cocriador do mundo”, porque faz muito sentido, — não?  — Vamos a assertiva, primeira parte:  “A VERDADE PARECE FÁCIL”, porque está em nós, bastam os questionamentos. Quando a segunda parte: “MAS COMPREEDÊ-LA NÃO É SIMPLES”, porque depende muito do nosso grau de discernimento: até que ponto estamos dispostos a descer na toca do coelho? — Disso decorre, que se trata da maior jornada do ser humano, sendo que o único caminho é pelo autoconhecimento, o conhecimento de si.

REFLEXÃO: PORQUE EXISTE SOFRIMENTO SE O DIVINO ESTÁ EM NÓS?

Já parou para observar a realidade do mundo que nos cerca, focando nas atitudes e nos atos humanos? —, é certo que vemos inúmeras iniciativas repletas de contradições: se de um lado o indivíduo que busca de todas as formas “seu espaço” na bonança deste mundo, por outro, essas mesmas atitudes geram um sem número de conflitos e culminam por destruir a paz de tal pessoa. Percebemos uma dualidade, tudo é dual, (bem e mal / acerto e erro / guerra e paz).

Nesta reflexão convido-os a pensar (como procuramos demonstrar nestes breves textos). Hoje, trataremos sobre se há possibilidade de superarmos essa dualidade, ou seja, (conquistar a autorrealização sem prejudicar outrem).

Utilizando como paradigma uma analogia simples, porém, muito poderosa: (A LUZ E A SOMBRA). É compreensível que a luz represente a total iluminação da consciência humana em oposição a escuridão é a total ignorância. E, só a partir de um domínio de uma espécie de trindade da revelação: (conhecimento, entendimento, discernimento) é dada a tal pessoa vencer a dualidade e chegar ao “reino dos céus”, reino do conhecimento.

Sejam quais forem os ensinamentos que nos baseamos, obteremos a mesma resposta: tauistas chamam de caminho do meio (Tao), Buda disse do equilíbrio, os judeus designam caminho da Tora, a ortodoxia cristã e os pentecostais modernos dizem a verdade, seguir cristo. Seja o que escolhermos como escolas dentre as inúmeras correntes da religiosidade, fato é, que todas tratam do mesmo tema: o caminho da evolução da alma imortal que conduz ao seu destino.

Portanto, se buscarmos o divino fora de nós por certo não encontraremos. Assim, SOFREMOS por que não temos consciência que o divino habita em nós e que fazemos parte do todo. E, se prejudicarmos outrem estamos fazendo o mesmo a nós mesmos. Contudo, só o percebemos ou teremos a consciência disso, quando despertarmos para essa realidade. Carl Jung, muito bem definiu o caminho da iluminação: “Quem olha fora sonha, quem olha dentro desperta” e a resposta é sim, EXISTE O DIVINO EM NÓS, e o caminho para descobri-lo é pelo autoconhecimento.

Bem-Vindos todos do gênero humano.

Existe um segredo no caminho das pedras! — Reflita:

Aquilo que você pensa ou sente com relação a “realidade humana”, seja relevada pela inconformabilidade com a existência atual; ou pela desconfiança numa ulterior; ou ainda, pela descrença das tantas teorias sobre a vida, enfim, se busca conhecer tal verdade, existe o caminho.

Antes de qualquer coisa, pare e pense. Onde em nós, percebemos, sentimos: aflições; decepções; desilusões e medo. E, porque os momentos felizes são tão breves? — Você nunca se questionou? — E, se tudo que aprendemos não foi toda a verdade? — Será que seríamos capazes de saber: por que sentimos falta algo mesmo que aparentemente temos tudo? O que é a vida? Quem somos de fato?

Lembro-me, que há sete anos empreendi numa jornada. Mas, antes de dizer qual foi e o propósito das reflexões deste Blog, quero que algo fique claro: aqui não trato de religiosidade, crenças, misticismo e, tal, nada disso. Sou empirista e tenho os pés firmes na racionalidade.

Meu despertar aconteceu quando pensei ter chegado ao fundo do poço da existência. Mas, descobri que se pode descer ainda mais. E, também, que só se consegue sair definitivamente de dada realidade, quando você questiona sua existência no mais íntimo de seu ser. 

Agora, sempre encontro respostas diariamente no meu cotidiano, na medida que me questiono, duvido, analiso e reflito muito buscando compreender a verdade. Porquanto, na qual, somos simultâneos, (mestre e aprendiz) pelo autoconhecimento.

REFLEXÃO: NOSSO DESAMOR É A MEDIDA DA NOSSA IGNORÂNCIA

Somos seres dotados de consciência, memoria e capacidade demonstrar compaixão, dentre outros nobres sentimentos e competências socialmente necessárias para mantermos bons relacionamentos em todas as áreas da vida.

Entretanto, é fato que quando não somos capazes experimentar e expressar sentimentos nobres, por exemplo, empatia, isto é, capacidade de ver o mundo sob olhar do outro, torna momentos felizes uma raridade entre outras coisas. Estudos da psique dizem que tal indivíduo tem dada psicopatia. A lista defeitos na psique e os males que dela decorrem são enormes.

Nesta reflexão, partiremos do pressuposto de que o indivíduo tem dado grau de sanidade média e a sua conduta é socialmente aceitável. Então, desta feita, excluiremos as patologias da psique (psicopatas, sociopatas, antissociais, e outros bichos).

Vamos tratar da questão: por que muitos de nós agimos de maneira tão rancorosa, vingativa e mesquinha? — é fato, também, que não é incomum conviver nas várias esferas das relações (pessoas, profissionais e sociais) com tais indivíduos.

Penso que se considerarmos as excludentes apontadas acima, tudo mais que demonstrar agressividade, antipatias e outros comportamentos reprováveis derivam unicamente da ignorância do indivíduo.

Portanto, concordo com J.J.Benitez no ‘best-sellers’: (Cavalo de Troia I), que diz “… a falta de capacidade e de vontade de perdoar os semelhantes é a medida da imaturidade e a razão dos fracassos na hora de alcançar o amor”, porque desde que me lembre, ao deparar com inúmeras dessas situações de falta de tato e arrogância, sobretudo, quando observo isso nos relacionamentos das pessoas, só corroboram a ideia, a qual, alimento desde que inicie nos estudos de autoconhecimento, que é: DESAMOR É A MEDIDA DA NOSSA IGNORÂNCIA.

REFLEXÃO: VIDA, QUESTÃO EXISTENCIAL, ONDE ENCONTRAR RESPOSTAS?

Desde jovem venho me questionando, busco conhecimento sobre questões existenciais. Procurei através dos livros sagrados de religiões – apendi muito, é um saber repleto de complexas alegorias, mitos, (leis e costumes antigos) e as narrativas do extraordinário transcendental; na filosofia clássica e moderna — aprendi um sem números de questionamentos sobre quase tudo que consiga imaginar; no misticismo antigo — vê quase de tudo sobre a existência, mas tudo carregada de intrincado simbolismo; nos estudos da psicologia, empreendi sobre psique humana com afinco — fiz constatações incríveis que pôs a baixo minhas até então, crendices; pela neurociência me oportunizou entender o funcionamento das respostas sensoriais e sobre o funcionamento da mente humana.

Seja onde for que minha busca me levava, uma coisa cada vez mais estava mais clara e comum, como diz aquela canção dos anos 80: “E tudo ficou tão claro / O que era raro ficou comum“, que as respostas nunca estão fora de você.

Compreendi isso e se tornou como um paradigma para o meu entendimento: pouco importa o que dado ramo do conhecimento tenha explicado sobre sua busca existencial porquê as respostas não estão no que é externo de ti, mesmo que afirmem que a verdade seja alguma força extraordinária e sobrenatural.

Inclusive, também, percebi que existe um limite de esclarecimento para cada ramo do conhecimento e que a partir de determinando ponto, você corre o risco de admitir que o saber ultimado é aquele que consegue responder quase tudo, — mas esse, é o maior dos erros que um buscador comete: — adotar determinada doutrina, ciência, filosofia ou quaisquer “sabedorias” para explicar tudo.

Toda vez que concluía uma linha de pesquisa, lembrava do grande sábio Sócrates: “só sei que nada sei”. Contudo, para questões existenciais (quem somos, de onde viemos, para aonde iremos) são respostas ao alcance de cada um, a depender tão somente de fazer as perguntas certas. 

Por fim — é pelo autoconhecimento poderemos excluir aquelas possibilidades que não somos, porque se tudo está em mudança (no universo) e nada morre, então somos o espírito que vagueia, ora está aqui, ora ali, e ocupamos o recipiente que nos agradar, em vida física o chamamos de corpo. Porém, o que mais importa saber é o que habita nele é eterno, imperecível, o incompreensível eu sou, e tudo mais perece sob o sol.

REFLEXÃO: EVOLUÍMOS OU QUÊ?

Existem temas em que o fato de saber escrever não é tudo, por exemplo, quando o assunto é a própria vida, tudo fica muito complicado. Escolher melhores palavras e utilizar técnicas de escrita, não resolve questões de expressar com fidelidade sentimentos genuínos. Embora seja simples retratar cenas dramáticas, cômicas, românticas, etc. apenas dando ênfase em dados elementos da narrativa, porém, é certo que o texto vai parecer clichê (novelesco) e mais que isso, será falso.

Me ensinaram que a insistência é uma qualidade, mas em algum momento um texto deve ser terminado. Então, decidi: vou escrever diretamente segundo meu entendimento do assunto, e esquecerei a técnica. E, escrevo, despido da pretensão de ser eloquente.

Exceto por um elemento que julgo primordial: o zelo, cuidar com a veracidade do tema, é bom e desejável, sobremaneira, se o assunto é o autoconhecimento.  Evito a todo custo os ‘clichês’: o modismo de frases feitas, penso que são expressões vazias e não comunicam os sentimentos verdadeiros, por exemplo, quem pode aceitar de pleno valor o significado de um (“eu te amo”) que por tantas vezes é dito nas obras de ficção e em comerciais de propaganda? —, acho uma abominação narrativas novelescas tão presentes nas canções populares.

Interprete segundo seu discernimento. Tenho essa maneira de ser (aquariano): essencialmente humanista, mas nunca apelativo e não ativista no sentido literal.

Penso que somos seres complexos, únicos, com peculiaridades que é até difícil afirmar com convicção que exista outra pessoa igual a nós. O fato a ser lembrado, por exemplo, é quando se decide pelo autoconhecimento, o conhecimento de si, se tornará um ser livre desde o momento que assume total responsabilidade por suas escolhas.

Por fim, é pelo entendimento de tais características próprias (únicas) é que percebemos a nossa evolução, por exemplo, pelo ato de reconhecer a própria individuação e não se deixar ser coagido de maneira a pertencer a dado (grupo ou crença) que afrontem o ser que somos. Depois, é pela fidelidade a nós mesmos, a nossa essência humana, desde as nossas relações com outrem e a compreensão do universo, é que nos diz da nossa capacidade de adaptação, porque ou somos indivíduos, ou meros números nas estatísticas.

REFLEXÃO: ATITUDES QUE AFETAM A ALMA

Em nosso dia-a-dia, há certas atitudes que julgamos por vezes sem muita importância, mas tem potencial de gerar males até no íntimo do ser, a nossa alma. São aquelas mudanças repentinas de humor, por exemplo, dizemos que dado(a): (evento / pessoa / constatação), nos tira do sério. Fato é, que esses momentos são percebidos pelo stress, ansiedade e medo, que nos faz perder totalmente a serenidade e a paz.

É difícil indicar qualitativamente qual é o pior dos males que oprime a alma humana com mais frequência, mas, é possível ao menos aferirmos as dores existenciais. Como poderíamos fazer isso? — Vamos refletir, como sempre propomos aqui, pelo autoconhecimento.

Para compreendermos mais sobre dores da alma, é fato que isso guarda relação estreita com a nossa evolução espiritual. Quando observamos a maneira pela qual nos expressamos em momentos de tensão, sobretudo, ao analisarmos as “variáveis” que designaremos como: (tolerância / intensidade / consciência):

·         Se o nosso estado de humor for do nível de calmaria aos rampantes de explosões quase instantaneamente, —   isso diz muito da nossa tolerância;

·         Se tais as explosões (humor) são verbalizações contendo: (xingamentos, julgamentos, críticas, etc.) —   isso retrata a intensidade;

·         Se o quanto mais breve admitirmos para nós mesmos, sem intervenção de terceiros, que não devíamos ter agido daquela maneira, —   diz do nosso grau de consciência.

Disso se extrai em breve analise, o que é assertivo quanto uma resposta (irracional) das nossas emoções, que só confirma o nosso grau de ignorância, vemos: 1) uma atitude (destemperada) no presente não mudaria os fatos pretéritos; 2) se aquela atitude derivar de situações e causas ilógicas, geram efeitos desproporcionais dado a sua (aparente) causa.

Seguindo como empirista que sou, não quero “reinventar a roda!”, a tão festejada “inteligência emocional”. Contudo, penso que as nossas atitudes dizem do muito do grau de evolução da nossa alma, a despeito de qualquer outra convenção.

Ademais, penso que somos animados por uma (energia) extremamente sutil a qual nos conecta a tudo. Quem nunca parou diante de uma paisagem natural pitoresca e se sentiu como se transcendesse? — Penso que os nossos sentidos simplesmente fazem parte dessa experimentação e tudo que sentimos de bom ou de ruim alimenta esse ente (alma).  

Desde muito tempo, aprendemos que somos almas viventes, há um espirito imortal que nos anima. Nesta condição, o nosso agir,  ocorre como numa jornada para evolução do espírito. Pensei numa analogia, simples: somos guiados por um mapa de experimentação que é interpretado em momentos de introspeção: (autoanalise, autocritica, adaptação), e são essas as vias principais que levam ao autoconhecimento, o conhecimento de si.   

Por fim, sim! São atitudes desproporcionais, frente eventos sutis da vida que afetam a nossa alma. O autoconhecimento pode até parecer um caminho solitário, mas é por ele que compreenderemos o motivo pelo qual existimos, indicativos por certo encontraremos que derivam dos propósitos da essência a qual todos pertencemos. Seja como for, o destino estará completo quando nos unirmos a causa primeira de todas as coisas, a essência do universo.

REFLEXÃO: PORQUE EXPECTATIVAS NOS FRUSTAM TANTO.

Que maravilhoso ou sem graça seria a vida, uma existência, se tudo que fossemos experimentar viesse com manual de instrução, “como fazer as coisas para atender suas expectativas e ser feliz”, —utópico não acham? — Como um aquariano buscador, penso que seria até muito entediante. Mas, vamos refletir.

Conta a história, que o jovem general Alexandre Magno (o Grande) após obter à vitória sobre a nação indiana ele chorou, porque não havia mais povos para conquistar.

No cotidiano observamos que às vezes agimos tal como o conquistar macedônio: as pessoas são motivadas pela conquista de algo mensurável, tudo daquilo que se possa acumular, mais do mesmo, por exemplo, há muitos indivíduos ricos (bilionários) que buscam cada vez mais acumular fortunas, porém, nunca é o suficiente. — Nada tenho contra ter dinheiro, pelo contrário, é necessário para prover sobrevivência, (semelhante à carne do mamute para os nossos ancestrais das cavernas).

Nesta reflexão, me ocorreu a questão de como poderíamos limitar as nossas expectativas, ou colocando de outra forma, como poderíamos gerir melhor, de maneiras saudáveis, os nossos desejos, de forma nos sentirmos realizados, felizes.

Os cabalistas nos ensinam que a verdadeira criação da qual somos parte, como criatura, se resume no desejo de receber (alma humana) e a providência que nos criou (o criador) é o desejo de dar. Simplificando, resumidamente isso é tudo o que existe: a providência vai permitir tudo a sua criatura de forma nunca exigir nada desta, porque é por isso que fomos criados: para receber.

Também, aprendemos com Freud, que o homem é uma taça de desejo. Seja como for, me parece fazer todo sentido. Continuando como esse simbolismo (taça = homem = desejo).

— Recordo de uma pessoa que orientei sobre felicidade. Era uma jovem moça triste que me questionou: “porquê se sintia tão infeliz, mesmo tendo marido que a amava e filho saudável, etc.” — fantástico pensei, nossa! — Acabei por escrever um pequeno manual para aquela jovem tratar do seu dilema (infelicidade), — O caminho das pedras (8 passos para autorrealização), — é autoajuda, mas confesso que não faço mais isso, hoje espero que as pessoas descubram por si.

Fato é, que tal sentimento de infelicidade (a taça transborda, mas a sede continua), se analisarmos ocorre com todos nós! Quem dentre nós pode dizer que nunca se sentiu assim? — Ao obter muito mais daquilo que desejou, mas nunca é o suficiente! Penso, que os ensinamentos antigos: cabalistas, Buda, Jesus, Freud, tratam do mesmo assunto. Somos desejos, é por isso que existimos. Parafraseando a canção “somos medos e desejos”. 

Portanto, as nossas expectativas nos frustram porque são afinal, os nossos desejos. Porém, como sempre procuro fazer aqui neste blog (através do autoconhecimento), indicar opções de direções visando afastar a infelicidade: (Devemos aprender com a providência. Vamos tentar imitá-la, doando: atenção, nosso tempo, carinho, afeto, abrigo, comida, etc.), talvez dessa maneira, a nossa taça nunca mais transborde, e não diremos que nesta vida não há contentamento—, como disse o evangelista, felicidade.

REFLEXÃO: O QUE INIBE A PERCEPÇÃO DA FELICIDADE

Dores, aflições e medos fazem parte da vida, e suporta-los serenamente não há nada de errado, está tudo bem. Mas, quando cultivamos essas (aflições) por muito tempo elas nos absorvem totalmente, é fato que se tornam uma patologia (doença na nossa psique): ansiedade, fobias, depressão, etc. Entretanto, ninguém se desenvolve como ser humano com a predestinação para o sofrimento.

Nesta reflexão, convido-os brevemente analisar: porquê existem tantas pessoas vivendo constantes batalhas internas, gerando inúmeras aflições, dores e sofrimentos. Não me refiro a mera luta pela sobrevivência, mas sim as cercas fortificadas criadas na própria mente, na qual, você vive num mundo irreal, na sua prisão mental.

Porquanto, o mais comum dentre os indivíduos infelizes, é que geralmente essa condição existe por uma mera questão de crenças limitantes, as quais são retroalimentadas por dilemas que lhes são próprios, por exemplo, falta de autoestima, crise de identidade e a imaturidade.

Fato é que todos conhecemos alguém nas relações: pessoais, profissionais ou sociais, que agem feito crianças (magoam-se e irritam-se facilmente; acreditam que todos lhes devem atenção; não aceitam ser rejeitadas, etc.), mas, apesar de o fato de acumularem dezenas de primaveras de vida.

Penso que exista um princípio básico para evitar cair num labirinto de julgamentos: é nunca culpar as outras pessoas e as circunstâncias pelos próprios infortúnios. Contudo, de nada adianta, também, esconder de si os próprios sentimentos, isto é, agir como se fugisse da realidade ao ceder aos impulsos ardis de auto sabotagem.

Sabemos serem através das fugas que afloram as manias compulsivas: bebidas, promiscuidades, compras, etc. que dominam a mente —, como naquele dito popular: “é como varrer os problemas para baixo do tapete”, —procrastinar é fazer com que o fardo só aumente, a mochila de problemas levará o indivíduo a exaustão.

É fato, (quem não entende a si mesmo terá poucas oportunidades de se dar bem com os outros e/ou conquistar à auto realização).

Se considerarmos a quantidade de pessoas subservientes num emprego, em família, num relacionamento, numa crença, todos vivendo dilemas eternos. Tais pessoas, se tornam (autovítimas), vítimas de si: tentativa de suicídio, estado de ansiedades e depressivos, e também, aqueles que lotam igrejas numa busca insana por algo, um fator externo, numa religiosidade a “todo custo”, — soa como trocadilho, mas é real (como as notas de dinheiro).

Vemos no dia-a-dia pessoas querendo (a salvação) em outra vida! Mas, porque não viver o bem aqui, nessa existência? — Nada tenho contra as crenças no sobrenatural! Mas, parece ilógico não pensar na essência humana, ou seja, somos seres conscientes, racionais e capazes de resinificar a própria vida, sozinhos: apenas pelo autoconhecimento.

Se a maioria dos grandes problemas geradores de aflições estão na própria mente, não há inimigo mais poderoso como aquele que você acredite, porque você mesmo criou.

Por fim, o que inibe a percepção de felicidade de uma pessoa está diretamente associado à sua incapacidade de enxergar de maneira mais ampla, a própria realidade. Que por mais dolorosa que essa seja em dada experiência, é certo que haverá sempre alguma maneira de racionalizar e observar (a lei da causa e efeito), porque a depender do elemento básico para percepção da felicidade: é valorizar mais o lado positivo das situações (se a vida lhe der um limão, faça…), agir de forma a mudar o modo de encarar a vida. Talvez assim, momentos felizes sejam mais frequentes.

REFLEXÃO: COMO ENCONTRAR UM MILAGRE

Desde jovem sempre busquei por respostas sobre o porquê de pessoas boas sofrerem, por outro lado, aquelas de caráter duvidoso aparentemente se tornam bem-sucedidas. Mas ao longo da vida, pelas experiências compreendi, que tudo na vida deriva do grau de entendimento de cada um, — como você enxerga o mundo.

O maior entrave para compreender o processo pelo qual o sucesso ocorre está mais relacionado com os questionamentos e adaptação frente a vida, e menos com as respostas prontas que te ensinaram, isto é, tudo depende da maneira como formulamos as perguntas para nós mesmos. Disso se extrai, que de nada adianta buscar, por exemplo, a todo o custo a felicidade se você desconhece o verdadeiro conceito de felicidade.

Nesta breve reflexão, gostaria que você analisasse e constatasse por si, os momentos (chaves): os pontos de viradas em sua vida.

Partindo da premissa de que tudo no universo muda, como diz naquela canção dos anos 80: “o tempo não para, não para não”. Então, convoco a pensar esse tema agora, porque é dito, que “o tempo urge” e não há nada que possamos fazer quanto a isso.

Aprendemos sobre uma infinidade de assuntos ao longo das nossas vidas, mas para alguns de nós isso nunca ocorreu: obter lições sobre como fazer autogestão, gerir a si mesmo. — Eis o pulo do gato.

Depois, o quanto seremos adaptáveis em todas as áreas das nossas vidas: pessoal, profissional e social. Fato é, que para maioria de nós existe temor a mudanças, situações novas. Entretanto, jamais devemos, ser volúveis, fluídicos frente a vida. Pelo contrário, quem sabe gerir a si mesmo, por certo faz escolhas conscientes e leva a cabo tudo com determinação.

Por fim, para um milagre ocorrer faz necessário compreender os pontos de viradas em nossas vidas e o nosso grau de vontade pelo bem viver. Sobremaneira, naqueles momentos de aflições (sentimentos em graus extremados) e pela nossa vontade diante da dor, é que extrairemos as lições necessárias para descobrir que a vida é maravilhosa, e assim, temos a oportunidade de experimentar o sucesso, à autorrealização, — tudo é uma questão de como enxergamos a vida.

Equilíbrio entre o Superego e o ID na Arte Barroca

A arte barroca retrata o mundo como um lugar de contradições, em que as forças opostas são igualmente importantes. Esta visão de mundo remete ao conceito de força antagônica, descrito por Freud como um conflito entre o Superego e o ID.

O Superego é uma parte da personalidade que representa os padrões morais e éticos que nos foram inculcados, enquanto o ID é a parte instintiva da personalidade, que representa os desejos e necessidades básicos. Assim, o conflito entre o Superego e o ID é retratado na arte barroca como uma crise. Os elementos paradoxais, como a fé e a razão, o corpo e a alma, o sagrado e o profano, a vida e a morte, o céu e o inferno, mostram a dicotomia entre as forças opostas.

Estas forças, enquanto em conflito, são igualmente importantes e necessárias para uma vida saudável. O conflito entre o Superego e o ID está presente em todos nós, pois é necessário manter um equilíbrio entre os dois. Precisamos nos esforçar para encontrar uma maneira de satisfazer as necessidades básicas do ID de forma saudável, sem comprometer nossos padrões morais.

É desse conflito que nasce o autoconhecimento, pois, ao entendermos nossas forças internas, podemos controlá-las melhor. A arte barroca nos mostra que, mesmo com todos os seus paradoxos, o mundo é um lugar de equilíbrio e harmonia. Esta visão é aplicável ao conflito entre o Superego e o ID, pois é possível viver de maneira saudável, encontrando um ponto de equilíbrio entre as forças antagônicas.

Por fim, a arte barroca ilustra esta visão de mundo ao utilizar elementos paradoxais como: a escolha entre seguir seus sonhos e suas responsabilidades; a busca pela felicidade e a manutenção de um equilíbrio emocional; a necessidade de ser independente e, simultaneamente, aceitar ajuda dos outros; o medo de se sentir vulnerável e o desejo de se conectar com outras pessoas. Todos esses elementos são ilustrados na arte barroca como uma forma de retratar o conflito entre o Superego e o ID.

Que conselho você daria para seu eu adolescente?

Eu daria a mim mesmo o conselho de aproveitar ao máximo a minha juventude. Aproveite para experimentar novas coisas, conhecer pessoas, adquirir novos conhecimentos e desenvolver as suas habilidades. Além disso, lembre-se de trabalhar duro para alcançar os seus objetivos. E, acima de tudo, sempre seja gentil com os outros, pois a gentileza é o que realmente conta.